quarta-feira, 29 de abril de 2009

Tiques pidescos

Vários meses depois de Maria de Lurdes Rodrigues ser recebida com ovos, um inspector foi ouvir os estudantes da escola local.

A Inspecção-Geral de Educação (IGE, de onde veio o imspector) já assegurou, através de ofício, que nada de ilegal ocorreu na Escola Secundária de Fafe. Mas o presidente da associação de pais, Manuel Gonçalves, em carta enviada ao procurador-geral da República, ao provedor de Justiça e aos grupos parlamentares, denuncia o método usado pelo inspector da IGE que, para apurar o eventual envolvimento de professores numa manifestação contra a ministra, interrogou alguns dos alunos, "incentivando um comportamento denunciante" que, considera, "é absolutamente inconcebível depois do 25 de Abril".

O protesto que deu origem às averiguações da IGE ocorreu em Novembro. Maria de Lurdes Rodrigues dirigia-se a um edifício próximo da Escola Secundária de Fafe, para participar numa sessão de entrega de diplomas do programa Novas Oportunidades, quando cerca de 200 alunos se aproximaram, vaiando a ministra e arremessando ovos contra as viaturas oficiais. A ministra nem chegou a sair do automóvel e a manifestação não durou muito, ao contrário das consequências, que, pelos vistos, se prolongaram no tempo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A propósito do novel santo

A propósito do novel santo Nun’Álvares Pereira, encontrei este texto de Álvaro Cunhal (escrito na década de 50 do século passado), publicado no blog cinco dias por Tiago Mota saraiva. É interessante para se perceber o tipo de pessoas que a igreja considera santo.

“Quanto a Nun’Álvares, a sua avidez e ganância são atestadas por numerosos incidentes, conflitos e reclamações. Assim, por exemplo, quando D. João I lhe doou os direitos de Almada, Nun’Álvares achou pouco e tomou conta, por sua iniciativa e abuso (sancionado depois com uma demanda) dos esteiros de Arrentela e Corroios. Os seus rendimentos provenientes das doações feitas por D. João I foram avaliados em 16.000 dobras cruzadas. Mais de uma vez, quando resistiam à sua desmedida ganância e à dos seus apaniguados, Nun’Álvares ameaçava… abandonar. Lutar, lutava. Mas mais bem pago que o rei. Assim Nun’Álvares se tornou senhor de Barcelos, Braga e Guimarães, Montalegre e Chaves, Ourém e Porto de Mós, Alter do Chão e Sousel, Borba e Vila Viçosa, Estremoz e Arraiolos, Montemor-o-novo e Portel e ainda Almada, Évora-Monte, Monsaraz, Loulé e muitos e muitos outros reguengos e muitas e muitas outras rendas de muitos e muitos lugares. É de um homem destes que a Igreja Catolica fez um Santo, erguendo-lhe uma igreja em Lisboa aonde os pobres vão orar-lhe e pedir-lhe a sua intervenção junto de Deus…”

Álvaro Cunhal, “As Lutas de Classes em Portugal nos Fins da Idade Média”, ed. Estampa, 1975

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Esta gente cheira a mofo

“A Três alunos da Escola Secundária de Penacova vão cumprir 20 horas de serviço comunitário por terem tentado encerrar a escola a cadeado durante uma manifestação contra o Estatuto do Aluno, em Novembro passado. Os estudantes, agora com 18 anos, foram constituídos arguidos pela eventual prática do crime de coacção e por proposta do Ministério Público (MP), com a concordância dos próprios, vão prestar serviço comunitário de modo a evitar uma possível acusação e condenação.”

De realçar que estes três alunos estavam integrados numa manifestação de alunos dessa escola (ao que consta a maioria) que protestavam contra o estatuto do aluno.

Considero este acto, em vésperas da comemoração de mais um aniversário do 25 de Abril como um verdadeiro atentado à liberdade de expressão e de manifestação, tanto mais grave, quando dirigido a jovens.

Considero que este tipo de manifestações por parte dos jovens, faz parte da sua educação como cidadãos activos. São actos que devem ser defendidos e até incentivados.

Este processo só pode ter sido engendrado por gente com mentalidades bolorentas bafientas e enquadra-se no espírito de censura e perseguição que este governo tem fomentado.

Patrimónios genéticos

O PS recusou-se hoje na Assembleia da Républica a aprovar um diploma que considerava o enriquecimento ilicito como crime. Dizem eles que não estão dispostos a “suspender a democracia e lapidar principios do estado de direito”.

Para se perceber do que se está a falar, é preciso ver que estamos a falar de alterações na conta bancária na ordem das centenas de milhares de euros, sem qualquer justificação e não de meia duzia de trocos.

Ouço nos meios de ccomunicação vários comentadores e politicos, falarem na “presunção da inocencia” e em outras tretas do género. É engraçado haver quem possa pensar que um pessoa de um momento para outro tem mais cem mil euros (para além do justificado) na conta e não precise de justificar como arranjou esse dinheiro, como se fosse a coisa mais normal do mundo aparecer esse dinheiro no bolso de uma pessoa. Para mim que ganho ao fim de um ano pouco mais de duas dezenas de milhares de euros, acho simplesmente que esta gente está a gozar com o pessoal.

É engraçado ouvir alguns membros do PSD e do CDS dizer que obrigar os “sortudos” a justificar esse dinheiro seria contra o património genético desses partidos, o PS não diz mas de certeza que há muitos “socialista” que pensam o mesmo.

Percebe-se que o património destes partidos é o poder roubar-se à grande sem ter que dar conta a ninguém, para eles o problema e o perigoso crime são os pequenos roubos… dessa coisa a que chamam povo!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A propósito de liberdade de imprensa

Curiosamente o Engenheiro Sócrates em resultado de noticias publicadas sobre o "caso Freeport" já processou os seguintes jornalistas:

- Manuela Moura Guedes, jornalista e pivot da TVI .

- José Eduardo Moniz, director-geral da TVI.

- Ana Leal, jornalista da TVI- Carlos Enes, jornalista da TVI.

- Júlio Barulho, operador de câmara da TVI.

- Cristina Ferreira, jornalista do “Público”.

- Paulo Ferreira, jornalista do “Público”.

- José Manuel Fernandes, jornalista do “Público”.

- João Miguel Tavares, colunista do DN.

O curioso está no facto de em relação a Charles Smith que chama de “corrupto” , numa reunião com um administrador do Freeport, o Engenheiro nada fazer... Curioso!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Programas politicos


Este facto, noticiado hoje na primeira página do jornal Público, do beneficio pelo Fisco de milhões aos bancos, que apesar da crise continuam com lucros astronómicos, é todo um programa politico. Por mais discursos contra o suposto desregulamento do sistema capitalista, os partidos que tem estado no poder nos últimos anos em Portugal, PS, PSD e CDS, são não mais que servidores dos interesses dos capitalistas contra a maioria da população.

É isso que noticias como esta comprovam, é na prática o seu programa político despido de demagogia.