quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Constituição Europeia? Oiçam as pessoas!

Este abaixo-assinado, visa recolher assinaturas de toda a UE apelando para um referendo sobre o próximo tratado europeu.

Assinada pelos seguintes 10 deputados do Parlamento Europeu pertencentes a sete diferentes grupos políticos: Anna Zaborska, Eslováquia (EPP), Panayiotis Demetriou, Chipre (PPE), Max van den Berg, Holanda (PSE), John Attard-Montalto, Malta (PSE), Diana Wallis, Reino Unido (ALDE), Silvana Koch-Mehrin, Alemanha (ALDE), Ryszard Czarnecki, Polónia (UEN), Gérard Onesta, França (GREENS/EFA), Tobias Pflueger, Alemanha (GUE) e Jens-Peter Bonde, Dinamarca (IND/DEM).

É apoiado por outros deputados do Parlamento Europeu e ONG’s em todos os 27 estados membros.





5 comentários:

Anónimo disse...

Deixem-se de merdas com o referendo! Alguém julga que as "pessoas" ou o "povo" são capaz de escolher se o Tratado deve ou não ser ratificado? O que é isso da soberania nacional nos dias que correm? Também colocamos a referendo a propriedade das empresas "portuguesas", ou doas herdades alentejanas? Ou se o raio dos bifes andam a comer as nossas gajas? Na parte que me toca a adesão à União Europeia só me trouxe coisas boas. Irritam-me profundamente os velhos do restelo. Os da direita porque sim e os da esquerda por maioria de razões.

Olaio disse...

Pois é Vasco da Gama, quem é que é o velho do Restelo, os portugueses que como Vasco da Gama partiram à descoberta de novos caminhos, nunca de antes navegados, ou aqueles portugueses que em 1580 se deixaram seduzir pelos brilhos do império dos Filipes. Também nessa altura, muitos dos que trocaram a soberania portuguesa por um saco de moedas, devem ter dito:"na parte que me toca a adesão a Espanha só me trouxe coisas boas".
O problema foi uns tempos mais tarde, quando os espanhóis exibiram a factura. Há uma frase que os liberais gostam muito de dizer e nisso julgo que têm razão, “não há almoços grátis”.

É que na Europa e eu defendo a União Europeia, há outros caminhos, muitos outros caminhos possíveis e há quem, prefira os que tenham a maior participação dos povos possível.

Quanto á frase: “Alguém julga que as "pessoas" ou o "povo" são capaz de escolher se o Tratado deve ou não ser ratificado?”, só lhe pergunto uma coisa, você sabe o que é a democracia? Ou ser-se democrata?
Avanço com uma pista para democrata: é começar por não tomar o povo por idiota, outra pode ser não ter palas para ver só os caminhos que lhe põem à frente.

Anónimo disse...

Bem eu estava a falar das "pessoas" e do "povo" que deu maioria absuluta ao PS. Foi ou não um acto de democracia? E o Olaio fala de que "povo"?
Saudações democratas.

Silvares disse...

Olha que o Vasco tem alguma razão nas suas observações. Afinal de contas foi o povo que entregou ao Sócrates o poder quase absoluto que ele detém. O nosso povo detesta ter de decidir o que quer que seja. Prefere que outros decidam por ele. Vê bem a idolatria que se por cá se faz (e fez) a personagens como o Botas de Santa Comba ou o Cara-de-Pau de Boliqueime. Agora temos o Sócrates e o pessoalzinho adora ser vergastado por ele. Referendo? Só se for num dia que não tenha nem muita nem pouca chuva, que não seja na época balnear e não caia numa "ponte" nem haja nenhum jogo grande de futebol. Talvez assim haja mais de 25% de votantes...

Olaio disse...

Apesar de ser contra este Tratado reformador e de defender a realização do referendo, tenho consciência que o resultado mais provável, caso se viesse a fazer o referendo, seria a vitória daqueles que defendem o tratado.

No entanto defendo o referendo porque:
- É uma questão de respeito pelas regras democráticas
- Mesmo pensando à partida que o resultado é esse, a verdade é que pode haver surpresas.

E depois, se a discussão gerada pelo referendo servir para esclarecer mais meia dúzia de pessoas sobre a Europa, já é bom; se esclarecer uma dúzia é muito bom; se esclarecer umas dezenas é magnífico; se esclarecer uma centena é extraordinário; mas se esclarecer umas centenas, então ai as coisas podem mudar de figura e quem sabe, dar origem a uma revolução… Nunca se sabe né?