domingo, 30 de dezembro de 2007

A propósito da passagem de Ano

Sobre a lei dos partidos

A actual lei dos partidos é um desvirtuamento da democracia em Portugal!

Exigir que um partido apresente os nomes de 5 000 membros é pidesco! Contrário ao direito de reserva que cada cidadão tem, de preservar as suas convicções politicas.

Não faz nenhum sentido exigir que um partido tenha o mínimo de 5 000 membros. Qual o problema de ter meia dúzia? Qual o problema de meia dúzia de pessoas defenderem um ideal?

sábado, 29 de dezembro de 2007

E agora uma noticia realmente surpreendente!

Fernando Faria de Oliveira, militante do PSD desde 1974, 10 anos nos governos de Cavaco, tendo já passado por tachos nas seguintes empresas (entre outras): TAP, IPE, Hospitais Privados de Portugal, foi nomeada Presidente da Caixa Geral de Depósitos.

Como tinha sido previsto no post anterior e depois do arrufo de virgem ofendida, o governo/PS, lá manteve a regra da distribuição de tachos pelo Centrão+CDS.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

BCP! BCP! BCP!...

A situação do BCP é um belo exemplo do que é o capitalismo na sua melhor expressão: o roubo, a mentira e a falcatrua eleitas como forma de vida em sociedade.
Segundo a CMVM a investigação preliminar à gestão do BCP, concluiu haver «indícios seguros de ilícitos criminais» na actividade gestora do banco.
Entre outras coisas: financiamentos ilícitos para a compra de acções próprias nos aumentos de capital de 2000 e 2001. Estima-se que estejam em causa movimentos de mais de 700 milhões de euros, que geraram prejuízos de, pelo menos 200 milhões de euros.

No entanto as coisas ainda agora começaram e muito deve estar para vir, ou então e atendendo à forma como se estão a concertar os mais variados interesses: governo/PS, PSD, Opus Dei, grupos privados, Presidente da Republica, pode ser que fique tudo no segredo dos deuses, a não ser e atendendo à crise financeira que ameaça mostrar todo o seu esplendor no próximo ano, as coisas não sejam passíveis de esconder.

Há coisas que no entanto ficam já claras: A forma descarada com que o líder do PSD vem a público regatear um lugarzinho, para um confrade da família na CGD e que lá há-de ir calhar, por via da dita competência do fulano e que, demonstra os acordos existentes entre estes dois partidos para repartição de cargos, mais o CDS.

E mais extraordinário de tudo, é o propagado mercado, a concorrência e outras tretas com que tentam vender o capitalismo. Então o presidente e mais dois elementos da direcção da CGD (entre os quais uma espécie de comissário politico do PS), o maior banco português e do estado, passam para a direcção do maior banco privado e directo concorrente, assim sem mais nem menos, com o beneplácito do governo e do Presidente da Republica.
Então toda a estratégia, toda a informação sobre o funcionamento do maior banco do estado, passa para as mãos do maior banco privado e… tudo bem, até tem a bênção da Opus Dei.
Como dizia Marx: no capitalismo o estado gere e defende os interesses do capital, é isso que o Sócrates está a fazer e nada mais.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Sinais dos tempos

"Um pouco por todo o lado, a democracia é seriamente abalada. Em Portugal, já apenas se manifestam resquícios dela. O que se sobreleva são o medo, a precariedade no trabalho, o desemprego, e a imposição de que o nexo entre o social e o político pertence a dois blocos de interesses: ao PS e ao PSD."
"O que se observa, nos tristes casos da BCP e da Caixa Geral de Depósitos, com a disputa da pertença circunscrita aos assim chamados "partidos de poder", reflecte o mais atroz impudor. As exclusões permitem-nos concluir que o PS e o PSD perderam o respeito pelos portugueses e a dimensão colectiva que se lhes exige."
Baptista-Bastos, DN 26.12.07

Prisioneiros no Iraque

"Há estimativas de que cerca mais de 50 mil suspeitos estejam sob custódia em centros de detenção dirigidos pelo Iraque e pelos Estados Unidos, mas poucos acabam sendo julgados. "

Zeca Afonso - Natal Dos Simples (4/12)

Zeca Afonso - Natal Dos Simples (4/12)
Vídeo enviado por Videos_Portugal

"Em 29 de Janeiro de 1983 realiza-se o espectáculo no Coliseu com José Afonso já em dificuldades. Participam Octávio Sérgio, António Sérgio, Lopes de Almeida, Durval Moreirinhas, Rui Pato, Fausto, Júlio Pereira, Guilherme Inês, Rui Castro, Rui Júnior, Sérgio Mestre e Janita Salomé. É publicado o duplo álbum Ao Vivo no Coliseu."

José Afonso - Ao Vivo no Coliseu (parte 4/12)

Natal dos Simples

Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

José (Zeca) Afonso

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

domingo, 23 de dezembro de 2007

Um dia encontrei este poema na net

"Carta a um amor...

Ter, um dia, chegado a chamar-te "meu amor", meu amor, foi a única declaração de guerra da minha vida.
De repente, era preciso ser feliz e o exército de ansiedades e desejos que aqui havia dentro nunca tolerou ser afastado do campo de batalha".

Exemplos de democraia

"Que quem é contra o novo Tratado da UE seja pelo referendo, compreende-se, pois é um meio de dar visibilidade à sua oposição. Mas que quem apoia o Tratado seja a favor do referendo já não se compreende nada.

Primeiro, dada a dificuldade de compreensão do Tratado, o referendo teria uma baixíssima participação, podendo isso ser aproveitado como argumento de deslegitimação política do Tratado.

Segundo, por causa dessa grande abstenção, a mobilização militante dos partidários do não dar-lhes-ia um peso relativo desproporcionado no conjunto dos votantes.

Terceiro, a realização de um referendo em Portugal, ou noutro País que não esteja obrigado a fazê-lo, tornaria insustentável a posição do primeiro-ministro britânico de recusa do referendo, sabendo-se que se ele se realizasse o Tratado seria claramente rejeitado na Grã-Bretanha.

Por isso, defender o referendo é defender o insucesso do Tratado. Deixe-se, portanto, para os adversários do Tratado a defesa do referendo..."
Vital Moreira no Causa Nossa

Ou seja, Vital Moreira tem clara consciência que o tratado seria rejeitado se fosse submetido a consulta popular, vale a pena parafrasear os "gatos fedorentos": E o ditador é o...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Nova lei do trabalho

"é engraçado como deram o nome de livro branco a um documento que estipula mais trabalho à preto."

Roubado descaradamente ao irmaolucia

no Teatro da Politécnica

AFTER DARWIN, de Timberlake Werteenbaker

Um espectáculo que decorre num ambiente trágico/cómico. Dois actores e uma encenadora, encontram-se nos últimos dias de ensaios de um espectáculo, onde é retratada a relação entre Darwin e o capitão Fitz-Roy, comandante do navio "Beagle", que os transportou na viajem onde Darwin iria fazer as suas preciosas observações.

Em palco acabamos por assistir a uma luta pela afirmação de cada personagem, onde uma espécie de selecção natural irá ditar o vencedor, o mais apto.

Um espectáculo que parte da teoria de Darwin, aplicando-a não apenas ao mundo biológico, mas também ao mundo cultural e ao teatro, considerado como manifestação superior de cultura de uma espécie.

Encenação: Carlos António
Actores: André Levy, Manuel Coelho, Rita Calçada Bastos
Produção: TNDM II
Politécnica> Sala 2 - 12 Dez a 3 Fev, 4ª a Sáb. 21h30 - Dom 17h00

Gaivota vadia


quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

teoria da conspiração 1

“Uns suponhamos”

Existe um texto de Bertolt Brecht em que o enredo gira à volta do petróleo. Uma peça de teatro. “A Excepção e a Regra”.

Essa é história de uma viagem, que vai discorrendo até que existe um acto fatal com consequências “naturais” e em que se percebe que o sujeito que é explorado tem menos consciência disso que o seu próprio patrão e de que a justiça pode ser (não o é quase sempre?) uma justiça de classe.

Esta é uma das várias peças de teatro que o autor considerou “didácticas” e que tinham como função, através de casos exemplares, questionar o poder e os seus mecanismos numa perspectiva colectiva, que no caso de “A Excepção e a Regra” poderíamos definir como o problematizar da “consciência de classe”

Como grande escritor que é, a simplicidade da trama da obra é aparente. Para tal o autor propõe que achemos estranho àquilo que nos parece natural, que o que nos acalma desinquiete, que em lugar da certeza prefiramos a dúvida. Tudo isto para que nada possa parecer imutável. Até aqui tudo “simples”, mas a dado passo o texto inquieta ainda mais com um diálogo que estabelece entre o personagem que faz de Carregador e o de Guia da expedição.

O Carregador pergunta, na sua ingenuidade, o que fará o seu patrão e aqueles a quem serve depois de acharem o petróleo? Ao que o Guia responde: depois de encontrados os poços enterram-nos de novo. Não é o petróleo que o chefe da expedição quer. Quer é o dinheiro para se calar.

Esta tirada “enigmática” ilustra a que ponto pode ser ardiloso o pensamento com que se rege o mecanismo económico actual e a complexidade da questão apresentada.

Com isto, falo para aqueles que não partilham da ideia de que a guerra do Golfo foi forjada por causa do potencial das reservas de crude naquela região, mas falo, sobretudo, para os outros, quer os de esquerda, ou mesmo de direita, ou de centro, que já estabeleceram uma relação entre a guerra do Iraque e o controlo das fontes principais do petróleo no mundo, e a conquista do pico petrolífero (1), de entre essa imensa maioria ainda não vi o problema colocado nos moldes com que Brecht aborda o problema e que explicam em parte um outro lado da nossa irrealidade quotidiana.

Numa altura em que as corporações ligadas à industria petrolífera obtêm lucros fabulosos, devido, em grande parte, à sua própria “incapacidade” de refinar os derivados do petróleo necessários para corresponder à sua procura, temos de dar mais atenção ao que Brecht nos propõe e pensar que esta não pode ser uma invasão “natural”: um choque de civilizações, a democracia contra a barbárie, as pessoas civilizadas contra os terroristas, o mundo cristão contra o oriente islâmico.




Então que tipo de invasão é esta? Para além de querer, à força, implantar o modelo económico ocidental? Ou talvez por isso mesmo! Não terá sido ela pensada logo de início em transformar de propósito toda aquela terra num pântano?

A luta de gigantes entre as corporações petrolíferas e as suas alianças com o complexo militar/industrial, resultou numa ocupação do território ilimitada no tempo, que inclusivamente fez com que as diferenças de credos e culturas desembocasse numa guerra civil, um dos factores que mais destabiliza um país ou uma região.

Apesar do esmagador domínio das empresas ligadas aos sectores de poder que controlam o governo dos EUA, ainda hoje se digladiam processos judiciais entre várias corporações pelo controlo da exploração do petróleo e da reconstrução do país. A guerra contra o terrorismo tem então de continuar. Quem morre, já diz o rifão, é carne para canhão.

Todos conhecemos, o caso da flagrante manipulação de interesses que estiveram por detrás da guerra civil em Angola, de recente memória, e que tinha também por base o domínio das riquezas do solo angolano. Quem ganhou a batalha, a da guerra e a da economia, foram os que agora legalmente exploram essas riquezas. Um pântano que durou décadas a drenar, escusado será dizer, neste tempo globalizado, sempre em desfavor do povo que delas está absolutamente necessitado.

Não é este o mesmo modo de actuar, de quem também quer que o petróleo do médio oriente só escorra a conta gotas, para que mais adiante essa região do mundo constitua uma grande reserva maciça de crude, explorado pelas corporações que ganharem a batalha jurídica, onde o réu, como no caso de Angola, Nigéria e por aí fora, é o povo?

Acontece por vezes, que parece inclusivamente, que deus protege estes planos – a ortodoxia religiosa encontra-se justificada – e com o Katrina, que para cúmulo arrasou a parte negra e pobre de Nova Orleans, estava dado o mote para nova especulação petrolífera, agora com o argumento que as plataformas naquela área estão danificadas, quando todos os interessados sabem que foram essas instalações que melhor resistiram à intempérie.

Uma crise na Coreia ali, uma palavra de Bin Laden de acolá, de Sadam do além, Chaves diz basta já! E eis como, com o medo de que se feche um pouco mais a torneira da fonte, se aumenta o preço do produto refinado.

Assim, por enquanto, o que vemos é o convívio pacífico dentro do mercado na subida dos preços, nos lucros fabulosos e impensáveis das corporações ligadas à exploração e refinação do petróleo e da indústria das armas (3)– e todas ganham com manter este status quo enquanto nada se resolver. Não é estranho? Não nos devia inquietar? É a lei do mercado! E ele não foi sempre por demais condicionado? Então e o medo induzido? (3)

Aqui há alguns anos o choque petrolífero atingiu a sociedade ocidental com a diminuição do abastecimento por parte dos grandes produtores que por um motivo ou mais do que um, estavam em desacordo com as potências ocidentais e da sua ânsia hegemónica de dominar o mundo e com a famigerada criação do estado de Israel.

Na actualidade essa hegemonia faz-se sentir através já não dos estados, meros instrumentos bélicos – e já nem isso com a chamada privatização da guerra (nunca os mercenários foram tantos) – mas das corporações que se dedicam a explorar os antigos produtores reivindicativos, com argumentos bélicos, económicos e “naturais”

Essas corporações com “PIB(s)” maiores que muitos estados do mundo, aperceberam-se da fragilidade das suas posições e actuaram. Ou directamente através das armas do Estado ou rodeando a questão financiando muitas e várias ONG que, por detrás da aparente caridade prestada, se limitavam a organizar a divisão, a fomentar a discórdia, a alimentar tiranos, inventar mujahedins e todo um arsenal de esquemas ardilosos, para que qualquer unidade anteriormente alcançada esteja fora de causa. Fechar umas torneiras porque se quer é uma coisa, porque outrem o queira é que não pode ser! Já se sabe!

Reduzir a vontade dos povos dessa parcela da Terra pelo terror de estado ou da al Qaeda, impondo-lhes como caudilhos, emires, reis e reizetes, tiranos e tiranetes, à força ou “democraticamente”, encaminhando-os à condição de dóceis clientes duma sociedade mirífica onde em doses razoáveis sejam protagonistas da propaganda de “Hollywood”, para melhor e por mais tempo se assenhorearem das reservas dessa fonte de energia fóssil que alimenta os bicos do nosso fogão.

Por enquanto...

(1) Quando à questão do pico petrolífero, nada detalhada neste post, por favor consultem: F. William Engdahl, autor de a Century of War: Anglo-american Oil Politics and the New World Order, Pluto Press ltd. contacto: www.engdahl.oilgeopolitics.net . O texto a que me refiro encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=6880
(2) Jornal “O Público” ed. Sexta 10 Agosto de 2007, suplemento de Economia, pág 8 “Acções das empresas de Guerra estão em alta”.
(3) Esta questão do medo merece, futuramente, um post só a ela dedicado.

"Alunos discriminados por classe social e notas"

Aceder ao conhecimento é uma questão fundamental para se ser livre!

Noticia do JN de 20 de Dezembro de 2007:
"Escolas oficiais escolhem alunos com base em notas e origem social

O insucesso escolar é potenciado, em muitas escolas, pela escolha dos alunos com base no seu aproveitamento escolar e na sua origem social. Dois investigadores portugueses, especializados em Sociologia da Educação, constataram a selecção - ao arrepio da legislação existente e da própria Constituição - de alunos com base na análise do percurso escolar.

"Escolas situadas no mesmo bairro têm públicos claramente contrastantes. Numa, cerca de 50% dos alunos apresentam elevadas taxas de insucesso, e na outra, quase ao lado, esse número fica-se pelos 2%",

“No estudo elaborado (…), Pedro Abrantes verificou que numa das escolas (frequentada basicamente por alunos de classes sociais desfavorecidas), 50% dos alunos tinham sido recusados noutro estabelecimento, normalmente aquele preferido pelas classes sociais média ou alta.”

“Pedro Abrantes vai mais longe, ao realçar a própria constituição da turmas. "Em muitas escolas, numa lógica perversa, constituem-se turmas com filhos de professores, médicos e juristas e outras onde predominam alunos problemáticos. Mais grave ainda é ficarem os professores mais velhos com as turmas de excelência, cabendo aos mais novos as restantes", concluiu.”


Recorrentemente a burguesia afirma que a luta de classes não existe, é uma afirmação anacrónica, sem sentido. No entanto no dia a dia, essa mesma burguesia pratica-a da forma mais baixa e reles, não tendo pejo em lesar a dignidade dos trabalhadores e dos seus filhos.

Ao fazer a segregação por classes sociais no ensino, o que a burguesia (no poder) está a fazer, é assegurar a sua continuidade no poder e impedir a existência de uma efectiva democracia.

Como dizia a canção do Sérgio Godinho, só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, saúde educação...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Sobre África - o Coltan.

“Coltan” é a combinação de duas palavras que correspondem aos respectivos minerais: a columbita e a tantalita, dos quais se extraem metais mais cobiçados que o ouro. Se tomarmos em conta que estes metais são considerados altamente estratégicos e juntarmos que 80% das suas reservas se encontram na Republica Democrática do Congo (RDC), começaremos a vislumbrar porque há uma guerra neste país desde o dia 2 de Agosto de 1998, porque dois países africanos como o Ruanda e o Uganda ocupam militarmente parte do território congolês e porque já morreram, mais de dois milhões de pessoas.

O coltan é essencial para as novas tecnologias, telemóveis, estações espaciais, naves tripuladas e às armas mais sofisticadas, como os mísseis.

Noticia no jornal Pùblico de 16.12.2007: EUA acusados de apoio a rebelde tutsi congolês

"Os combatentes das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) estacionados no Leste da República Democrática do Congo acusaram ontem os Estados Unidos de apoiarem o general tutsi Laurent Nkunda, que ali se encontra em rebelião contra o Presidente Joseph Kabila.(…) As FDLR disseram à AFP ter provas de que Washington fornece armas, munições, logística e apoio diplomático ao homem que na última semana tem vindo a combater as tropas governamentais na região de Mushake.

Segundo as Nações Unidas, a luta na região tem obrigado centenas de milhares de pessoas a deixar as suas casas, em mais uma prova da falta de paz e de segurança em muitos territórios africanos: do Chade e do Sudão à República Centro-Africana, ao Uganda e à Somália. Sem esquecer a fronteira da Eritreia com a Etiópia ou os diferentes movimentos separatistas existentes nesta última."

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Ainda a propósito da cimeira UE/África

Imagem do filme: "ABC África", de Abbas Kiarostami
A África é um continente rico em recursos naturais, em particular, este continente detém cerca de um décimo das reservas mundiais de petróleo e gás natural e presentemente satisfaz quase um décimo dessa produção mundial.

É em resultado do muito baixo nível de consumo doméstico que a África dispõe de excedentes importantes para exportação e poderá continuar a fazê-lo até cerca de 2030.

Se a África tivesse um consumo doméstico quatro ou cinco vezes superior, ao nível dos países de rendimento médio, absorveria totalmente a produção e não teria excedentes.

A África é pois cobiçada pelos países desenvolvidos, enquanto simultaneamente rica em recursos e pobre em nível de vida dos seus habitantes.

Não é estranho a este facto as consequentes “guerras por recursos” a que os povos africanos tem sido sujeitos, com impactos devastadores sobre as populações civis e no desenvolvimento das suas sociedades. Conflitos armados travados com armamentos adquiridos em troca de matérias primas e materiais preciosos.

O envolvimento directo de interesses económicos exteriores é um factor de conflito evidente e determinante.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Lição de solidariedade

Se até os Búfalos tem consciencia da importancia da solidariedade para combater os ditos reis da selva...

A... Europa dos cidadãos?

«Sinceramente, tenho medo de um referendo em Inglaterra», disse Menezes na sede do PSD/Porto, numa videoconferência organizada pela União para um Movimento Popular (UMP), partido no poder em França.» (no DD)

“Se fizer um referendo, Sócrates é um traidor”, diz o conselheiro de Sarkozy, Alan Lamassoure (Expresso)
Via Blasfémias

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Constituição Europeia? Oiçam as pessoas!

Este abaixo-assinado, visa recolher assinaturas de toda a UE apelando para um referendo sobre o próximo tratado europeu.

Assinada pelos seguintes 10 deputados do Parlamento Europeu pertencentes a sete diferentes grupos políticos: Anna Zaborska, Eslováquia (EPP), Panayiotis Demetriou, Chipre (PPE), Max van den Berg, Holanda (PSE), John Attard-Montalto, Malta (PSE), Diana Wallis, Reino Unido (ALDE), Silvana Koch-Mehrin, Alemanha (ALDE), Ryszard Czarnecki, Polónia (UEN), Gérard Onesta, França (GREENS/EFA), Tobias Pflueger, Alemanha (GUE) e Jens-Peter Bonde, Dinamarca (IND/DEM).

É apoiado por outros deputados do Parlamento Europeu e ONG’s em todos os 27 estados membros.





First woman on the moon

Assim na terra como nos céus

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

No próximo dia 13















No próximo dia 13 de Dezembro, os dirigentes dos 27 países da União Europeia vão reunir-se em Lisboa para assinar o Tratado Reformador, que recupera o essencial do Tratado Constitucional, entretanto chumbado pelo “Non” Francês e “Nei” Holandês, assim o admite Giscard d`Estaing, Presidente da Convenção Europeia e que esteve à frente da equipa que elaborou o Tratado Constitucional: «As propostas institucionais do tratado constitucional encontram-se integralmente no Tratado de Lisboa, embora numa ordem diferente (…) disperso em emendas aos tratados anteriores, eles próprios reorganizados»

Pelas mais elementares regras democráticas a aprovação deste tratado, devia ser feito através de referendo. No caso português era uma oportunidade de expressar de forma directa e clara a sua vontade, já que tal não aconteceu na altura da entrada na CEE, ou no tratado de Maastricht ou ainda na adopção do Euro, tudo momentos em que fomos perdendo soberania.

Outra razão clara para haver referendo, são as promessas eleitorais do PS, PSD e restantes partidos de o realizar e que levaram inclusive, à primeira revisão constitucional aprovada por unanimidade.

A realização do referendo seria uma boa e única oportunidade para que pudesse haver um esclarecimento mínimo, dos portugueses acerca de um assunto que diz respeito a todos.
O facto do anterior Tratado constitucional ter sido chumbado em França e na Holanda e só não ter sido em mais países, porque de forma pouco democrática os dirigentes europeus interromperam o processo de consulta, deveria levar à realização de referendos nos países que a isso se tinham comprometido, seria o mais elementar procedimento democrático.

A recusa dos dirigentes neo-liberais europeus (em Portugal representados pelo PS e PSD), em avançar para o referendo ao Tratado, só pode ser explicada pelo receio que eles tem de perder, o que é exemplo do pouco respeito que estes políticos e partidos tem pela democracia. Quando as perspectivas são de derrota, afastam imediatamente a participação do povo das decisões.

Razões para estar contra este Tratado

Mais federalismo, mais perda de soberania para Portugal

- a transferência de competências dos Estados-membros para a UE, com ênfase para a justiça e assuntos internos;

- o fim da exigência de decisões por unanimidade, e a alteração da ponderação dos votos no Conselho Europeu, com reforço do domínio das grandes potências;

- o reforço dos poderes do presidente do Conselho Europeu, e o fim do princípio de representação de todos Estados-membros com comissário permanente com direito a voto;

- o fim das presidências rotativas do Conselho Europeu;

- a alteração da composição do Parlamento Europeu, passando Portugal de 24 para 22 deputados.

Mais militarismo e imperialismo

- a institucionalização da Agência Europeia de Defesa, promovendo a ingerência, a agressão, a militarização das relações internacionais, a corrida aos armamentos, e o aumento das despesas militares,

- uma «cooperação estruturada permanente» sujeita aos compromissos assumidos no quadro da NATO, isto é, sujeita aos ditames dos interesses e estratégia dos EUA

- criação de um alto-representante da União para os assuntos externos e de um «corpo diplomático europeu», cuja actuação irá recrutar toda a UE nas políticas de ingerência e agressão militar já conduzidas pelas suas principais potências.

Mais neo-liberalismo

- a primazia da concorrência capitalista, da liberalização dos mercados, de maior flexibilização das relações laborais;

- a referência a «serviços de interesse geral», desvalorizado o conceito de propriedade e prestação pública de serviços essenciais, prognosticando um reforço do desmantelamento e privatização dos serviços públicos;

- um reforço das políticas monetaristas de estabilidade dos preços, e dos poderes do Banco Central Europeu

Jornalista sofre

domingo, 9 de dezembro de 2007

Medo, medo, CNN, medo *


"Com a publicação do relatório americano que indicou que o Irão suspendeu o seu programa de armamento nuclear em 2003, a CNN cancelou o programa: "We Were Warned -- Iran Goes Nuclear." O programa especial era para ser difundido dia 12 de Dezembro, uma ficcionalização de um futuro em que o Irão teria capacidade nuclear, e com um elenco de antigos membros da Administração Bush a debater uma resposta tardia à ameaça persa. Para a quadra festiva a CNN decide presentear a sua audiência com mais pesadelos da doentia imaginação neo-conservadora."
Entretanto secretário de Estado norte-americano da Defesa, Robert Gates, denunciou ontem o que classificou como "política desestabilizadora" do Irão e a ameaça que este representa para os Estados Unidos e todos os países do Golfo, defendendo a instalação de um "escudo" antimíssil na região.
"A política do Irão é de fomentar a instabilidade e o caos (...) e a sua política estrangeira desestabilizadora é uma ameaça para os interesses dos Estados Unidos, os interesses de cada país do Médio Oriente e de todos os países que se encontram no raio de alcance dos seus mísseis balísticos",

Pontapé de saída

O "Acercadanoite", como qualquer outro bar, não é o melhor sítio para uma conversa mais ponderada.
Ainda que "in vino veritas" ajude ao começo de alguns debates, o barulho, e a passagem eventual de alguns modelos, não deixam o pessoal concentrar-se devidamente.
Resolvemos por isso tentar prolongar alguns temas mais interessantes ou polémicos, através de um blogue a que chamaremos "acercadanet".
O ideal, seria conseguirmos por este meio, para além do debate de temas ao gosto dos intervenientes, a troca de informações tidas como relevantes, através de sugestões da leitura de artigos, ou da visita a sítios onde essas informações possam ser obtidas.
A regra é serem permitidos todos os temas, responsabilizando-se cada interveniente pelas respectivas afirmações.

E agora uma coisa completamente diferente!

"(...) Estruturados em torno das velhas famílias que suportaram e apoiaram a ditadura fascista ou que despontaram após o 25 de Abril (Famílias Mello, Espírito Santo, Champalimaud, Azevedo, Amorim, Berardo, Roque, Teixeira Duarte, Pereira Coutinho, Salvador Caetano, Queiroz Pereira, Mota, Vaz Guedes, Fino, Moniz da Maia, etc.), estes Grandes Grupos Económicos tecem entre si e com o capital estrangeiro uma densa rede de ligações económicas e financeiras, sociais e políticas, constituindo uma poderosa oligarquia económica que, com outros sectores da grande burguesia portuguesa e estrangeira, procura assegurar a continuidade do seu poder económico, político e ideológico na sociedade portuguesa. (...) "

sábado, 8 de dezembro de 2007

Então

Banksy


Então compadre, já consegue perceber disto, ou ainda anda às aranhas

Termo de abertura

Posto isto, dá-se inicio aos trabalhos deste Blog, após muita confusão e trapalhada.
Tá aberta acerca: