Coerência.
De onde vem?
Se a vida é movimento,
que nos arrasta na corrente,
feroz ou lenta, incoerente!
Se a vida é inconstante,
ora brisa que incendeia o meu rosto,
ora vento que mata o teu fogo.
E eu, agora, hoje, actualmente
já não sou o que fui
nem sou o que serei.
Contradições, olhar inconstante,
aparência reflectida nos outros,
sombra castradora do que fui,
ânsia promissora do amanhã.
Assim, actriz de mim mesma,
fogo que dorme cansado,
ou vulcão que se incendeia
á espera da paz, redentora.
Sou agora luz criadora
e logo sombra, e agonia,
doce gemido do teu corpo
que me dá sentido e harmonia.
Sou aparência e realidade.
Sou mentira
e sou a verdade!
Meladi
segunda-feira, 9 de março de 2009
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1 comentário:
Muito bonito e com uma estrutura muito coerente.
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