terça-feira, 7 de outubro de 2008

Um dia da economia actual

Wall Street afunda mais de 6% com indícios de pânico entre os investidores
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PSI 20 regista maior queda de sempre com receios sobre a crise de crédito

Teixeira dos Santos garante segurança das poupanças dos portugueses (a afirmação foi feita com o ministro a fazer figas)

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Há três anos atrás Portugal tinha uma gravíssima situação financeira, mas agora já não temos esse problema…» José Sócrates [in Diário Económico, 06.10.2008] (Sócrates inspirou-se naquele politico brasileiro que no século passado afirmou:”o Brasil estava à beira do abismo, mas agora deu um grande passo em frente!”)
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Receios de abrandamento económico levam petróleo a recuar abaixo dos 90 dólares
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O Citigroup avançou hoje com um processo contra o Wells Fargo e o seu alvo de aquisição Wachovia, pedindo uma indemnização de 60 mil milhões de dólares (44,39 mil milhões de euros), por considerar que o acordo de fusão entre estas duas instituições viola o seu direito de adquirir os activos bancários do Wachovia, que tinha adquirido num acordo previamente efectuado

FMI reduz estimativa de crescimento da economia mundial

Euro cai para mínimos de 13 meses face ao dólar (ora aqui está uma coisa bastante estranha)

Bush avisa que plano de salvamento "vai demorar" até estabilizar a situação

Amy Goodman e Juan González (Democracy Now) - O que é que pensa da aprovação do plano por parte do Senado?

Joseph Stiglitz* - penso que continua a ser uma lei muito má. É uma decepção, mas não me surpreende, que a Administração venha agora com uma lei que continua a basear-se na teoria económica da derramar ou do pingar riqueza em cima. A ideia é que se se deitar suficiente dinheiro em Wall Street, uma parte dele escorregue e acabe por chegar à economia. É como submeter um doente com uma hemorragia interna a uma transfusão massiva de sangue, não serve de nada, e não ataca de modo nenhum a causa da hemorragia, que é o problema de base.

* Joseph Stiglitz, Prémio Nobel da Economia em 2001, é professor na Universidade de Columbia

Segundo LEAP/E2020, até final de 2008, vamos assistir a um formidável falencia do conjunto de fundos de pensão existentes no planeta, pondo em perigo todo o sistema de reformas por capitalização. Este cataclismo financeiro terá uma dimensão humana dramática, pois corresponde à chegada à reforma da primeira onda dos “baby-boomers” dos Estados Unidos, Europa e Japão.

Entretanto a mesma Comissão Europeia que abriu dois processos contra a permanência de uma golden share do Estado português na EDP e na PT, recusando-se a reconhecer o interesse público dos dois sectores, aceita agora com simpática bonomia a nacionalização de bancos e seguradoras no espaço europeu.

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