sábado, 18 de julho de 2009

Afinal o fim do preconceito é só para o futuro mandato.

Para este governo através do Ministério da Saúde em documento enviado à Presidência do Conselho de Ministros no passado dia 10, a necessidade de garantir que os potenciais dadores não têm comportamentos de risco que, em termos objectivos e cientificamente comprovados, podem constituir uma ameaça à saúde e à vida dos potenciais beneficiários, leva à exclusão dos potenciais dadores masculinos que declarem ter tido relações homossexuais.

Proibir homens homossexuais de doar sangue só por terem relações homossexuais é manifestamente uma prática discriminatória sem qualquer fundamento científico. Científico é o facto de comportamentos de risco deverem ser, para todos/as – homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais - factores que originem a proibição de doar sangue e não milhares de homens, indiscriminadamente e independentemente de terem tido ou não comportamentos de risco, serem excluídos dessa possibilidade.

E isto um exemplo de um governo que se diz de esquerda e moderno.

3 comentários:

Silvares disse...

Moderno será, embora me pareça, decididamente, pós-moderno.
Quanto à questão dos dadores de sangue também me parece um acto discriminatório. Uma burrice nítida. Então e os homens heterossexuais que, embora o não declarem, tenham mantido relações homossexuais?

imelda disse...

Com que arrogância o Ministério da Saúde ( MS) faz a selecção de dadores de sangue baseada em preconceitos e não em critérios técnicos e ciêntificos.
A incidência do HIV é cada vez maior em heterossexuais.
Felizmente que os testes sanguíneos dos dadores são rigorosos sejam eles de homo, hetero ou freiras.
Mas isto é preocupante.
Quais vão ser os critérios na escolha dos grupos a vacinar contra a gripe A. Primeiro o governo, deputados, forças vivas........e os Homossexuais? E os simples mortais?

Olaio disse...

Digamos que é muito chato tomar decisões na base do preconceito, ainda mais no que diz respeito à saúde... Essa questão dos critérios de escolha dos grupos a vacinar, não deixa de levantar sérias preocupações, principalmente quanto se percebe que há pessoas, no ministério, a tomar decisões na base do preconceito.