A maioria dos líderes das empresas que entraram ou estão em vias de entrar em colapso financeiro nos Estados Unidos, receberam bónus significativos pelos objectivos (???) cumpridos em 2007.
O primeiro lugar no pódio das compensações cabe a John Thain, da Merril Lynch, que no ano passado arrecadou 10,6 milhões de euros em prémios de desempenho.
O gestor de 53 anos, que viu a corretora passar para as mãos do Bank of America dez meses após ter assumido o cargo, ocupa a 113ª posição na lista de CEO mais bem pagos, publicada pela revista Forbes.
O Lehman Brothers (LB), protagonista da maior falência de sempre nos EUA, pagou três milhões de euros em bónus a Richard Fuld, no exercício fiscal do ano passado.
O gestor de 62 anos recebeu menos do que em 2006 (4,4 milhões de euros). Ainda assim, e não obstante o LB ter vindo a acumular dívidas que chegaram aos 452 mil milhões de euros, manteve o benefício.
Também a AIG, seguradora para a qual se viram agora as atenções, decidiu premiar o seu CEO, Martin Sullivan, com 2,7 milhões de euros, embora tenha registado prejuízos de 5,3 mil milhões de euros no último trimestre de 2007. Sullivan foi substituído por Robert Willumstad em Junho, mês em que a empresa apresentou os piores resultados dos últimos 89 anos. O despedimento rendeu-lhe mais 33,2 milhões de euros (10,6 milhões de indemnização, 2,8 milhões de bónus pelos seis meses de trabalho e 19,8 milhões em acções).
Os gestores da Fannie Mae e da Freddie Mac, Daniel Mudd e Richard Syron, receberam compensações de 1,6 e 1,5 milhões de euros, respectivamente. Isto nove meses antes de o Governo norte-americano ter decidido nacionalizar os dois gigantes do crédito hipotecário para os salvar do colapso financeiro.
Com gestores destes quem precisa de revolucionários para enterrar o capitalismo? Não há duvida que bem merecem o dinheiro que ganham.
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