De cinco em cinco anos o INE efectua um Inquérito Nacional às receitas e Despesas Familiares, cujos resultados são importantes, não só porque permite conhecer, através da estrutura das despesas e das receitas familiares, a evolução das suas condições de vida, mas também porque com base nos resultados deste inquérito se procede à determinação da Taxa de Inflação.
A actual Taxa, tem como referencia o inquérito realizado em 2000, antes da entrada de Portugal na zona Euro e do qual não faz parte por exemplo, o valor dos empréstimos à habitação.
A verdade é que um novo Inquérito às despesas Familiares foi realizado em 2005, mas estranhamente os seus resultados ainda não são conhecidos, tendo a sua divulgação vindo a ser adiada mês após mês, apesar dos insistentes pedidos para a sua publicação.
Se tivermos em conta que os empréstimos à habitação, abrangem mais de 1 300 000 famílias, cerca de metade das famílias portuguesas e que só as taxas de juro subiram em 2007, perto de 25%, podemos avalizar acerca da seriedade dos valores que nos apresentam para a inflação e das razões porque tardam em publicar os resultados do último inquérito, ou não fosse o "aumento" dos salários efectuado com base nessa taxa.
A edição on line do Público refere hoje que a taxa de inflação média do ano passado foi de 2,5 por cento. É claro que como bons jornalistas que são nada referem do que atrás foi dito, nem recordam qual o valor que o governo utilizou para determinar os aumentos salarias do referido ano.
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