quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O S.N.S em vias de extinção

Este governo e o Ministro da saúde, Correia de Campos, tudo têm feito para que o Serviço Nacional de Saúde,(SNS)tenha o seu "glorioso" fim durante o seu mandato.

Ao longo do último ano encerrou de norte a sul do país: Hospitais, Serviços de Urgência,Maternidades e Serviços de Atendimento Permanente(SAPs) .
Nos Serviços de Urgência dos Hospitais o doente é triado em função da sua gravidade, triagem de Manchester, com cores desde vermelho,emergente,com atendimento imediato; laranja, muito urgente, atendimento em 10 minutos,etc.etc...
Com o encerramento dos SAP`s os doentes acorrem em catadupa á urgência e esperam, horas seguidas, mesmo os vermelhos ou laranjas.(vide a doente de Aveiro).
O Ministério da Saúde informa..."se tem uma dor no peito, suores...corra mais depressa que o enfarte e vá ao hospital"...e lá fique á espera de ser atendido.

A Ordem dos Médicos chama a atenção:"as urgências hospitalares estão a funcionar para além do limite das suas capacidades, para atenderem os doentes com qualidade, humanidade e rapidez".
O Sr. Ministro da Saúde desvaloriza a situação e diz que isto é pontual - é apenas "um surto de gripe".
Como é possível observar um doente com qualidade se há mais 10 ou 15 á espera e que até podem ser mais graves?
Como é possível uma situação digna e humana se não há macas, camas, e restantes meios humanos e técnicos para um atendimento adequado?
Como é possível ser-se competente nestas situações?
Claro que quando as coisas correm mal a culpa é do hospital e do pessoal hospitalar.

A verdade é que se não temos uma saúde de ferro ou um seguro de saúde milionário, o melhor é uma pessoa pôr-se a mexer, informar-se, debater o assunto, abanar os outros, antes que vá parar às urgências de um hospital!

8 comentários:

Anónimo disse...

Acredito bem que este governo e o seu ministro da saúde, gostassem de cumprir a tarefa da extinção do SNS, durante o seu mandato. Ainda que depois a sua máquina de propaganda, nos viesse bombardear com as lérias do costume, isto é: foi para bem do país; foi para criar verdadeiras condições para os mais necessitados; agora temos uma assistência médica de nível europeu (não dizem é para quem), etc., etc.
Mais uma vez, é sobre quem menos pode, que recaem os maiores fardos. Gostava de ver se a assistência médica dos donos do país e dos seus servidores, fosse igual à do cidadão comum, as coisas se passariam assim.
É bom que a ordem dos médicos chame a atenção para as deficiências do sistema. Mas quem não as viu já há muito tempo? Só quem não precisou de ir de urgência a um hospital, e ou, não acompanhou alguém que precisasse de a ela recorrer.
O SNS, é mais um caso onde o governo quer poupar, ou será roubar, uma vez que é para dar a quem devia de tirar. Para este governo a privatização urge, o resto que se lixe.

Anónimo disse...

A politica de saúde deste governo promove a desertificação do país ao dificultar o acesso das populações do interior ao serviços de saúde.

Apesar do que foi dito pelo presidente do INEM, amiguinho do ministro( e passo a tratá-lo desta forma),a instituição INEM não tem capacidade para assegurar de forma satisfatória o socorro às populações do interior do país.

Se não existem médicos em número suficiente para assegurar o funcionamento dos hospitais distritais como é que podem assegurar o funcionamento das VMER´s?

Em tempos ouvi ums declaração do ministro dizendo que iriam importar médicos do uruguai para desempenhar essas funções.
Enalteceu a formação médica do Uruguai dizendo que era a "Suíça" da América do Sul ?????

Será que temos que começar todos a "hablar" espanhol?

Anónimo disse...

O ingresso nos meandros da saúde revelou-me uma realidade (pouco poética para um qualquer recém formado, confesso)...a de que, no fundo, a última preocupação é aquela que sempre pensei a que deveria ser tomada como a primeira: o doente.
O sistema assim o dita. Políticas economicistas (mascaradas na boca dos políticos como uma "procura de cuidados mais diferenciados") já se adivinhavam... um SNS gratuito é incompatível com a evolução (cara, mto cara...) da medicina (já lá vai o tempo em que Hipócrates fazia diagnósticos com o sabor da urina...). E se muitas deficiências do sistema são conhecidas...(sentem-nas os doentes e os profissionais que com elas convivem diariamente...)outras vão para além dos doentes empacotados em macas e corredores de serviços de urgência..e das mulheres (quais autenticas heroínas!)que têm filhos em ambulâncias de 5ª categoria...Existem deficiências que nem o dinheiro cura... e essas passam pela melhoria da qualidade do que já se tem....pela melhoria organizacional, de mentalidades, e das acções diárias que poderiam, tantas vezes, fazer a diferença...

Anónimo disse...

Pelo que aqui é dito a coisa está preta.
Urgências caóticas, crianças a nascerem em ambulâncias, bombeiros a fazerem partos,listas de espera, gente a sofrer física e psicologicamente.

E a tudo isto se responde com medidas economicistas.... Mas só para alguns !
Quando o Sr Primeiro Ministro sofreu um acidente a fazer Sky, tinha logo á sua espera o Médico da seleção Nacional de futebol, foi logo para o hospital da Força Aérea para ser operado,... e tudo isto nas férias de Natal...

Tal e qual como nós pobres doentes do SNS...
A saúde é igual para todos , só que nem todos somos iguais.

Silvares disse...

Seguros de Saúde, falência do SNS... é a célebre "American Way"!!! Neste caso a "American Way of Death".

Olaio disse...

"A cidade de Chaves vai dispor, menos de um mês depois de fechar o bloco de partos local, de um hospital privado no concelho que, a partir de 2009, vai disponibilizar maternidade e serviço de urgências 24 horas por dia."
Esta noticia que hoje surgiu nos meios de comunicação é reveladora do que o governo pretende: destruir, denegrir a imagem do SNS para abrir espaço aos privados.
Nem que para isso ponha em causa a saúde e a vida de milhares de portugueses.

Anónimo disse...

este governo mistura como nenhum outro antes o fez ignorância com arrogância. E em muitos casos com má fé. E como é servido por uma espectacular máquina de propaganda, consegue ir prosperando num meio de iletrados e incultos. Alimenta-se da ignorância do povo e prospera no meio dela. A melhor forma de o matar é cortar-lhe o soro, leia-se expor as suas asneiras o número de vezes que for necessário e com a violência verbal adequada. É assim na saúde, mas também é assim por exemplo na justiça, onde querem fazer passar a ideia de que a culpa de tudo o que está mal é dos juízes. Na educação, onde a culpa é dos professores. Etc... Mas parece-me que a área da saúde, por ser a mais vital e a que toca maior número de portugueses, é a ideal para expor as asneiras e o modus operandi deste governo. Bom trabalho.

Olaio disse...

Anónimo, concordo contigo. Este governo só se safa devido à "espectacular máquina de propaganda"! Mas parece-me que o problema deles é que nenhuma máquina resiste ao discurso directo, ao passa palavra,ao acumular de vontades, de raivas, de desejos que se desenvolvem no interior de uma sociedade.
Era bom que não se esquecessem de uma coisa: O Homem é um ser inteligente!