segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Marimbar-se prá constituição

O reitor da Universidade Católica Portuguesa (privada) defendeu hoje que as propinas deveriam aumentar no ensino superior público. "O montante das propinas deveria ser mais elevado, porque os benefícios dos estudantes e das famílias deveriam exigir delas uma maior contribuição para melhorar as condições das universidades", sublinhou Manuel Braga da Cruz.

Este ano, todas as universidades e politécnicos vão cobrar a propina máxima que é de 972,14 euros, um aumento de 4,86 por cento nas universidades e 6,22 por cento nos politécnicos.


Percebe-se as razões deste senhor para ter tais posições, na verdade os seus objectivos são sacar dinheiro através de uma coisa que se chama educação, mas podia ser a vender chouriços que para ele tanto faria.

O que já não se percebe é como é que há gente que se diz de esquerda, até socialista e se está completamente a marimbar para a Constituição da Republica Portuguesa. É que apesar das pequenas facadas que já lhe deram, ela ainda consagra que o ensino é universal e tendencialmente gratuito. Ou será que para esta gente a Constituição é um mero papel que não serve para nada

3 comentários:

Silvares disse...

Ora aí está, no final do teu post resumes a dura realidade. Segundo a constituição temos também direito a habitação condigna e outras fábulas dignas de La Fontaine, do tempo em que os animais falavam e não do tempo em que os animais só mamavam.

Anónimo disse...

A Constituição está a ser esventrada todos os dias perante a passividade dos políticos e o pânico dos cidadãos.
O ensino a justiça e a saúde "tendencialmente gratuitos",
levaria a cidadãos mais cultos, mais saudáveis e mais aguerridos a defenderem os seu direitos... é uma fábula em que acredito!
Esperemos que Maquiavel tenha tido razão " o desprezo pelas leis é o mais seguro presságio da decadência de um governo"

Aguardo Ansiosamente o fim destes MMM...!!!

Olaio disse...

Ora ai está uma coisa em que acredito plenamente: "o desprezo pelas leis é o mais seguro presságio da decadência de um governo".
É que por mais voltas que se dê, a sociedade humana só funciona se houver contratos aceites pela maioria, caso contrário é o caos e o problema… ou nem tanto, é que no caos o dinheiro não vale muito!