quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Será?

Sócrates assinou durante uma década projectos da autoria de outros técnicos
"José Sócrates assinou numerosos projectos de edifícios na Guarda, ao longo da década de 80, cuja autoria os donos das obras garantem não ser dele. Nalguns casos, esses documentos eram manuscritos com a letra de Fernando Caldeira, um colega de curso do actual primeiro-ministro que era funcionário do município e que, por isso, não podia assumir a autoria de projectos na área do concelho."

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Kantos poetikos

A porta

Era uma vez um homem
que não abria nem fechava a porta.
A porta entreaberta.
A porta semicerrada.
De costas para a porta,
o homem ao piano.
Aprumado, insubstancial, como se lá não estivesse.
Quase plano.
No lugar da janela, um ecrãm onde passam imagens.
O mundo gira sem parar.
O homem tecla sem respirar.
A música que sendo a mesma, nunca é a mesma.
O homem que sendo o mesmo, podia ser outro.
A música, o mundo,
o movimento giratório da terra,
a vertigem até à morte.
Poucas pessoas entram e saem por essa porta.
Muitas passam e seguem.
Muito poucas, as que têm tempo, esperam do lado de fora.
Sempre no mesmo sítio,
o homem, plano, não olha para trás.

Helena; jan2008

CNN - Fear Factor

PRÓS E PRÓS

O grande espaço de debate de ideias em televisão está de volta à RTP! Há questões que não podem apenas ser afloradas... É preciso ouvir os dois lados, ir ao fundo e levar até si o que de facto importa saber... “

“Os mercados financeiros tremem!A economia Mundial abranda!E nós?Para onde vai a economia portuguesa?Será que o país está hoje melhor preparado para enfrentar dias difíceis?A perspectiva de recessão na América, o abrandamento na Europa!Os reflexos no dia-a-dia dos portugueses…”



O programa da RTP1, “Prós e Contras”, sobre crise da economia que vivemos (alguns já ouviram falar, mas na prática não sabem o que é isso), e que promete acentuar-se, foi dos poucos “Prós e Contra” que vi, porque por norma, costumam ser “Prós e Prós”. Desta vez estava lá um contra.
Será que os autores do programa julgam que a generalidade dos portugueses são parvos, para apresentarem um programa com aquele nome, e com anúncios como o que se mostra acima, quase sempre com gente do mesmo lado da barricada, ainda que por vezes com opiniões diversas?
Não é exactamente do programa em causa que me proponho falar, mas antes, sobre pormenores do debate da última 2ª feira, em que os intervenientes principais foram António Ferreira do Amaral, Pinto Ribeiro, Eduardo Catroga e Carlos Carvalhas, (o contra.) Entre outras coisas, achei uma “pérola” de desfaçatez a intervenção do ex ministro Eduardo Catroga, face às queixas de um jovem electricista, que juntamente com a mulher, auferiam um ordenado mensal, que rondava 1200 €.
Dizia este, (e com razão, digo eu.) que perante as dificuldades de qualquer crise, eram sempre os mesmos a ter que suportar os custos. De facto, todos os governos pedem o aperto do cinto, mas é sempre para os mesmos o tal aperto. Os governantes e seus acompanhantes, devem usar suspensórios, porque a maioria deles dilata constantemente a cintura.
Perante a afirmação do jovem, Eduardo Catroga reconhecendo o problema da má distribuição da riqueza produzida, e que tinha dito não ser com afirmações demagógicas que o problema poderia ser resolvido mas sim com o mercado a ajustar a distribuição, retorquiu não ser fazendo o papel de coitadinho, que as pessoas deveriam de agir, mas sim, perante a paga injusta numa empresa, o funcionário deveria procurar quem lhe pagasse melhor.
Levantou a gargalhada da noite, pois o público estava mesmo a ver a facilidade com que essas coisas se fazem hoje em dia, no nosso país.
Claro que a afirmação do ex ministro é compreensível, pois devia estar a pensar em vários casos vindos a público recentemente, de ex governantes que, em menos de um ai, arranjaram belos empregos após a saída do governo, quer para as empresas públicas quer privadas.
E já agora, falando da justa repartição da riqueza, será que se esses senhores ganhassem um pouco menos (os nossos gestores são dos mais bem pagos na Europa), e não se dessem ainda ao luxo de acumular empregos e mordomias que são pagas por quem vive de salários miseráveis, não se arranjaria emprego para mais uns milhares de pessoas, e sobretudo, contribuiria para reduzir a escandaleira que é, um bando de oportunista da situação, viverem à larga em detrimento (que nome se pode dar isto?) da maioria mais desfavorecida da população do seu país?

Contra a precarização dos trabalhadores das Artes do Espectáculo

Contra a precarização dos trabalhadores das Artes do Espectáculo, está a correr um abaixo assinado para que se retire a Proposta de Lei n.º 132/X, apresentada pelo Governo e que o PS se prepara para votar. Esta lei não resolve os problemas dos trabalhadores do espectáculo, antes agrava alguns aspectos.

Assinar aqui.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Vergonhoso!

"A Reprieve, organização não-governamental de beneficência criada por advogados, em 1999, com o objectivo de prestar representação legal a prisioneiros que enfrentam a pena de morte, sobretudo nos Estados Unidos, divulgou um relatório que, nas suas palavras, "demonstra inequivocamente que 728 de 774 prisioneiros de Guantánamo foram transportados através de jurisdição portuguesa, entre 2002 e 2006".

A confirmar-se esta noticia, não deixa de ser triste que quem nos tem governado acabe por ligar o nome de Portugal e de todos nós, aos comportamentos mais bárbaros da politica mundial.
Não deixa de ser vergonhos para todos nós!

O "coveiro" caiu!

Na sequência do post anterior Correia de Campos caiu, Pin!
Não deixa de ser uma feliz coicidencia, se bem que o responsável do actual estado da saúde em Portugal não é unicamente este ministro, nem só Sócrates, mas sim resultado das politicas neo-liberais.
Agora a verdade é que esta remodelação a que Sócrates se viu obrigado, não deixa de ser resultado da forte pressão provocada sobre o governo, pelas constantes manifestações populares que se têm realizado por todo o país.

Quanto ao novo ministro da cultura só de referir que era até agora administrador da Fundação Berardo. Parece que o Berardo depois do BCP começa agora a aumentar a sua influencia nessa espécie de empresa que é o governo.

domingo, 27 de janeiro de 2008

O coveiro do SNS

Sábado dia 27 de Janeiro de 2008, dia em que morreu Sandra Ramalho, após uma longa espera pelo INEM.

Na saúde, a rapidez do atendimento, dita diferença entre a vida e a morte.
Até há algum tempo os Bombeiros Voluntários de qualquer parte do País eram chamados e faziam o transporte dos doentes para os hospitais.
Mas o que sobrava a estes homens em dedicação e voluntarismo faltava em conhecimentos técnico-científicos e em equipamento médico.
Não obedeciam as normas e às boas práticas de um qualquer Instituto da Qualidade Europeu.

Então deu-se formação a estes homens, investiu-se em equipamento médico e os transportes de emergência foram reorganizados e tornaram-se mais rápidos e eficazes para todos.
Nada de mais errado, isso ficava caro, muito caro...

Resolveu-se da maneira mais rentável: acabou-se com os transportes de doentes emergentes feitos por estes bombeiros, passando o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a tomar conta da situação.
Mas o INEM não tem meios suficientes, só tem uma VMER em cada grande hospital ou cidade e duas ou três ambulâncias próprias.
Se um carro rápido com médico e enfermeiro sair a reanimar um doente, fica toda a área desprotegida.
Se telefonar porque tem uma emergência reze para que as ambulâncias e o carro rápido estejam operacionais e para que nenhum outro cidadão esteja doente à mesma hora que você.

Foi o que aconteceu à Sandra Cajados de Palmela, ao Rodrigo e a tantos outros mortos anónimos que chegaram ao hospital horas depois de terem chamado o INEM_O Instituto Nacional de Evidência da Morte.
A actual política do Ministro da Saúde está a dar os seus frutos: desespero, espanto, tragédia e morte.

Nas certidões de óbito escreve-se morte de causa natural! Mas se todas as mortes são injustas e inúteis estas são também uma acusação para todos nós!
Que diremos aos país do Rodrigo e ás filhas gémeas da Sandra?

O País está incrédulo perante a evidência deste infame momento.
Não precisamos de heróis anónimos, precisamos de risos de crianças, de olhos de espanto felizes pela beleza do momento, de mãos dadas, de olhares em frente com esperança no futuro.

Correia de Campos pode demitir-se já fez o seu papel - coveiro do SNS.
E que dizer de José Sócrates o mentor desta Política de Saúde?

Acto de prevenção à radicalização violenta...

Em 23 de Outubro de 2007, a Câmara dos Representantes Norte Americana aprovou um projecto de lei apresentado pela congressista Jane Harman (Democrata pela Califórnia), presidente de um sub-comité de Segurança Doméstica, que suspende os direitos constitucionais de livre expressão, associação e reunião.

O projecto de lei (HR1955) foi aprovado pela Câmara com 404 votos a favor e 6 contra (3 Democratas e 3 Republicanos).

O projecto de lei tem o significativo nome de “Acto de Prevenção à Radicalização Violenta e ao Terrorismo Interno” (http://www.govtrack.us/congress/bill.xpd?bill=h110-1955). Quando o projecto de lei se transformar em lei, criará uma comissão encarregada de identificar pessoas, grupos e ideias extremistas. A comissão realizará audiências pelo país, recolhendo depoimentos e compilando uma lista de pessoas e ideários perigosos.
A lei não se destina a hipotéticos terroristas muçulmanos mas sim aos vulgares cidadãos americanos.

Esta busca a ideias extremistas acontece depois de o Presidente Bush e o Departamento de Justiça, declararem que o Presidente pode ignorar o habeas corpus, ignorar as convenções de Genebra, deter pessoas sem evidência, mantê-las presas indefinidamente sem apresentar acusações e torturá-las.

A concessão de contratos para a construção de centros de detenção nos EUA, foi entregue à empresa Halliburton e é claro que não se destinam a ficar lá vazios.

Sobre este assunto ler no Tempo das Cerejas, um artigo de Paul Craig Roberts, antigo secretário assistente do Tesouro na administração Reagan

sábado, 26 de janeiro de 2008

Nó górdio

Nos anos oitenta o capitalismo descobriu a galinha dos ovos de ouro: Os problemas da economia podiam resolver-se com a expansão ininterrupta do crédito, fomentava-se o consumo, o povo ficava satisfeito e alavancava-se a economia.
As coisas corriam tão bem que não tiveram qualquer receio em avançar para as hipotecas suprime (créditos hipotecários de alto risco). Era só questão de baixar os juros e as coisas continuavam a andar.
Esta situação conduziu a que o mercado imobiliário atingisse valores completamente exorbitantes, dando origem à famosa bolha imobiliária… Era fatal que rebentasse e rebentou!
Paralelamente os EUA deixaram que as suas empresas criadoras de riqueza, passassem para os países asiáticos onde tinham custos de produção mais vantajosos.

Neste momento os Americanos e por arrasto o planeta encontra-se perante um nó górdio:
Se sobem as taxas de juro nos EUA, a população fica sem dinheiro para pagar as dívidas, aumenta o crédito mal parado e é o colapso do sistema financeiro e consequentemente da economia.
Se descem as taxas de juro, o dólar deprecia-se o que faz com que tenham que adquirir todos os produtos a preços mais altos, provocando inflação o que também é perigoso e mais do que isso, torna o dólar uma moeda desinteressante para os outros países, gerando desinteresse em investimentos nos EUA, com os consequentes resultados nas bolsas.
Esta situação leva a que insuspeitos defensores do capitalismo, como George Soros, façam as seguintes afirmações no Fórum de Davos, actualmente a decorrer:

“…é mais provável que a actual crise financeira cause um realinhamento radical da economia global, vindo a verificar-se um relativo declínio dos Estados Unidos e a ascensão da China e de outros países em vias de desenvolvimento. O perigo é que as tensões politicas daí resultantes, incluindo o proteccionismo norte-americano, possam causar o colapso da economia global e lançar o mundo numa recessão – ou pior.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

In absentia

Há por toadas as auto-proclamadas “democracias do mundo civilizado”, um aumento e intensificação de politicas que ofendem objectivamente os direitos das populações, gerando ondas de descontentamento que crescem na mesma proporção.

O capitalismo não integra no seu código genético a capacidade de gerir as necessidades das populações, na medida em que isso influi directamente com os interesses conjunturais dos grupos económicos. A perspectiva capitalista assenta principalmente sobre a acumulação de riquezas em franjas da classe dominante, que inclusivamente se digladiam entre si.

À medida que estes interesses vão cimentando o seu domínio económico sobre a distribuição da riqueza, a restante população vai sendo limitada nos seus direitos materiais: do trabalho e da habitação à alimentação, passando pelo acesso à educação e à saúde. Para conter o crescente descontentamento que tal situação provoca, as ditas “democracias modernas e civilizadas” exercem a mais forte diversão sobre as massas, no sentido de as alhear da realidade material, projectando o pensamento colectivo para a esfera do idealismo.

No entanto o poder sabe bem que não basta limitar no plano das ideias a capacidade criativa das massas: é preciso limitá-la no plano material.Além dos retrocessos civilizacionais que representam as retiradas de direitos, a diminuição dos salários, as privatizações, os actuais governos, independentemente de estarem nas mãos dos “socialistas” ou “sociais-democratas”, “liberais” ou “conservadores”, esquerda” ou “direita” (nas suas concepções vazias), criam todas as condições para a adopção do estado policial como forma paradigmática do Estado.

In presentia, os governos propõem a criação de um estado que dispõe dos mecanismos tecnológicos necessários à investigação criminal através do cadastro global das comunicações e transferência de dados entre todos. In absentia, os governos lançam a passadeira para um estado policial que se vai desenhando como raiz de uma nova forma de fascismo.

Via Império Bárbaro

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Mercado do Bolhão

Câmara do Porto (PSD-CDS/PP) quer transformar o típico Mercado do Bolhão num centro comercial.
Da imagem actual do mercado muito pouco restará caso se avance para o projecto de reestruturação recentemente aprovado. Apenas serão mantidas as fachadas do imóvel, construído em 1914 e projectado pelo arquitecto Correia da Silva.

Um grupo de arquitectos já pôs a circular pela cidade um manifesto onde defendem uma reconversão que mantenha o seu interior aberto, permanecendo o terraço interior como mercado de bens alimentares perecíveis, ficando parte das galerias superiores para alguns acrescentos de modernidade. Lamentam, no entanto, que esta espécie de estudo preliminar preveja a demolição de todo o interior do edifício, que será depois coberto por placas de betão até à cobertura, estrutura que será preenchida por um centro comercial, um supermercado e habitação.

Entretanto foi criado um movimento cívico de cidadãos (Gesto Cívico Em Defesa da Identidade do Mercado do Bulhão), para protestar contra "o desrespeito absoluto pelo património histórico e cultural" da cidade.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Dor de cotovelo*

O ex-presidente da Comissão executiva do Banco Comercial Português (BCP) Paulo Teixeira Pinto, saiu há cinco meses do grupo, com o compromisso de receber até ao fim da vida uma pensão anual equivalente a 500 mil euros, 35 mil euros por mês, 14 vezes por ano.

Em carta enviada ao jornal Público, Teixeira Pinto que tem 47 anos de idade, esclarece que a sua passagem à reforma resultou de relatório de uma Junta Médica.

Não pondo em causa os problemas de saúde do senhor, parece que até nas Juntas Médicas estes tipos têm mais “sorte” que o resto do pessoal.

(Actualização em 22-01-08) Parece que o senhor entretanto já arranjou um cargo numa consultora financeira.

* É claro que a dor de cotovelo é minha

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Northern Rock e o BCP

O governo de Londres admitiu vir a nacionalizar o banco Northern Rock, que atravessa uma situação financeira difícil, no caso do plano de recuperação promovido pela iniciativa privada falhar. Prevendo este cenário, o Tesouro britânico já contratou Ron Sandler, o antigo patrão da Lloyd's, a maior seguradora mundial, para presidir à instituição, noticiou a BBC.
Só o Banco de Inglaterra já injectou 55 mil milhões de libras na instituição e o Tesouro deu ainda o seu aval a outros empréstimos.

Não sei porquê mas esta história lembra-me vagamente a história do BCP, onde apesar da crise financeira que percorre o mundo, o que lá se passa “nada” tem a ver com a dita e onde mais coisa menos coisa, também o governo português pôs à frente dessa instituição o patrão do maior banco português, numa operação que se não foi de nacionalização, foi pelo menos de partidarização e também, através da disponibilização de fundos da CGD para a compra de acções no BCP, se pode dizer que andou a injectar o “pobre” do paciente com os dinheiros públicos.

Deve ser isto a que se chama economia de mercado.

Esvaziar a Democracia de sentido*

A nova lei eleitoral para as autarquias que PS e PSD querem aprovar é um escândalo, transforma administrativamente uma maioria relativa de votos, dados para um órgão - a Assembleia Municipal, numa maioria absoluta de vereadores, noutro órgão - a Câmara Municipal, sendo os vereadores da maioria (os que vão governar) escolhidos pelo presidente entre os eleitos da Assembleia Municipal.

Volta não volta os senhores destes partidos aparecem a afirmar que é necessário aproximar os eleitores dos eleitos, mas na prática aquilo que fazem é aprovar leis que afastam cada vez mais o eleito do eleitor, que afastam as pessoas da vida pública e desfiguram cada vez mais a nossa Democracia.

*Titulo inspirado neste post do 100 cabeças

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

não anda tudo dito?

Bush chega à Arábia Saudita com armas no bolso

Reunir aliados contra a ameaça iraniana; discutir sobre os efeitos no preço do petróleo duma escalada da crise com Teerão; tratar de negócios, mais concretamente da venda de armas e reunir apoios para a concretização de um acordo de paz entre Israel e os palestinianos em menos de 1 ano.

A primeira visita de Bush a Riade coincide com o anúncio de um negócio de venda de armas ultramodernas ao maior produtor de petróleo mundial.120 milhões de dólares em mísseis antimíssil que fazem parte de um pacote de 20 mil milhões, aprovado no ano passado em favor dos estados do Golfo.

Israel protestou na altura e vai receber um apoio no valor de 30 mil milhões de dólares.O importante para a Casa Branca é contrariar o que chama "a ameaça" iraniana.

O preço do petróleo tem sido outro tema recorrente nas conversas de Bush no Golfo tentando avaliar os efeitos de uma crise mais grave, numa altura em que a economia norte-americana está à beira da recessão.

A insuspeita
Euronews 15/01/08

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Don't Come Knocking

Uma experiência cinematográfica estética ao nível visual literário e musical.
Como estes senhores são capazes de fazer tão bem feito e com tão pouco!
Há diálogos espantosos, personagens surpreendentes, imagens lindas e soberbamente compostas.
E a beleza aqui não é a beleza da juventude. Aliás é até irónico com as moças.
Não sei o que é melhor, se quem escreve, se os actores, se o realizador.
Há quem diga que é melancólico. Não achei nada.
Mas não gosto de dizer assim tão bem dos filmes;
Se não estiver com desejo de uma experiência estética sairá logrado; É um filme bastante literário pelo indizível que contém. Por todas as leituras que decorrem do interior de cada espectador,”tudo vem de um lugar mental”...
“Don’t Come Knocking” (mau traduzido por “A Estrela Solitária”) não é um filme, é uma obra de arte. A metáfora nem tão metáfora assim de Win Wenders (…)

Realização de Win Wenders, com Sam Shepard e Jessica Lange entre outros.

Postado por Madrigal

O S.N.S em vias de extinção

Este governo e o Ministro da saúde, Correia de Campos, tudo têm feito para que o Serviço Nacional de Saúde,(SNS)tenha o seu "glorioso" fim durante o seu mandato.

Ao longo do último ano encerrou de norte a sul do país: Hospitais, Serviços de Urgência,Maternidades e Serviços de Atendimento Permanente(SAPs) .
Nos Serviços de Urgência dos Hospitais o doente é triado em função da sua gravidade, triagem de Manchester, com cores desde vermelho,emergente,com atendimento imediato; laranja, muito urgente, atendimento em 10 minutos,etc.etc...
Com o encerramento dos SAP`s os doentes acorrem em catadupa á urgência e esperam, horas seguidas, mesmo os vermelhos ou laranjas.(vide a doente de Aveiro).
O Ministério da Saúde informa..."se tem uma dor no peito, suores...corra mais depressa que o enfarte e vá ao hospital"...e lá fique á espera de ser atendido.

A Ordem dos Médicos chama a atenção:"as urgências hospitalares estão a funcionar para além do limite das suas capacidades, para atenderem os doentes com qualidade, humanidade e rapidez".
O Sr. Ministro da Saúde desvaloriza a situação e diz que isto é pontual - é apenas "um surto de gripe".
Como é possível observar um doente com qualidade se há mais 10 ou 15 á espera e que até podem ser mais graves?
Como é possível uma situação digna e humana se não há macas, camas, e restantes meios humanos e técnicos para um atendimento adequado?
Como é possível ser-se competente nestas situações?
Claro que quando as coisas correm mal a culpa é do hospital e do pessoal hospitalar.

A verdade é que se não temos uma saúde de ferro ou um seguro de saúde milionário, o melhor é uma pessoa pôr-se a mexer, informar-se, debater o assunto, abanar os outros, antes que vá parar às urgências de um hospital!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Mistérios da inflação II

Ouço na TSF que afinal a variação entre o valor que o governo previa e a inflação real em 2007 é de 0,2. Pelo 10º (décimo) ano consecutivo o governo, seja ele PS, PSD/CDS ou PS, errou nas previsões, prejudicando sempre os mesmos.

Cinicamente Sócrates realçou, todo satisfeito, o facto de a inflação ter diminuído em relação a 2006, nada dizendo que só pelo facto dela ter sido superior ao previsto pelo governo, acabou por penalizar os trabalhadores e pensionistas e favorecer os patrões, sejam eles privados ou públicos.

Claro que como bons jornalistas que são, este pessoal da TSF também não fez qualquer referencia a esta coisa estranha do Inquérito às Receitas e Despesas familiares, ainda não ter sido publicado.

Mistérios da inflação

De cinco em cinco anos o INE efectua um Inquérito Nacional às receitas e Despesas Familiares, cujos resultados são importantes, não só porque permite conhecer, através da estrutura das despesas e das receitas familiares, a evolução das suas condições de vida, mas também porque com base nos resultados deste inquérito se procede à determinação da Taxa de Inflação.

A actual Taxa, tem como referencia o inquérito realizado em 2000, antes da entrada de Portugal na zona Euro e do qual não faz parte por exemplo, o valor dos empréstimos à habitação.
A verdade é que um novo Inquérito às despesas Familiares foi realizado em 2005, mas estranhamente os seus resultados ainda não são conhecidos, tendo a sua divulgação vindo a ser adiada mês após mês, apesar dos insistentes pedidos para a sua publicação.

Se tivermos em conta que os empréstimos à habitação, abrangem mais de 1 300 000 famílias, cerca de metade das famílias portuguesas e que só as taxas de juro subiram em 2007, perto de 25%, podemos avalizar acerca da seriedade dos valores que nos apresentam para a inflação e das razões porque tardam em publicar os resultados do último inquérito, ou não fosse o "aumento" dos salários efectuado com base nessa taxa.

A edição on line do Público refere hoje que a taxa de inflação média do ano passado foi de 2,5 por cento. É claro que como bons jornalistas que são nada referem do que atrás foi dito, nem recordam qual o valor que o governo utilizou para determinar os aumentos salarias do referido ano.

A ASAE PRENDEU O CARDEAL PATRIARCA

É a notícia do dia, a ASAE decidiu inspeccionar uma missa na Sé de Lisboa para inspeccionar as condições de higiene dos recipientes onde é guardado o vinho e as hóstias usadas na celebração.

Depois de sugerir ao cardeal que se assegurasse que as hóstias têm um autocolante a informar a composição e se contêm transgénicos e que o vinho deveria ser guardado em garrafas devidamente seladas, os inspectores da ASAE acabara por prender o cardeal já depois da missa, depois de terem reparado que D. José Policarpo não procedia à higienização do seu anel após cada beijo de um crente.

A ASAE decidiu encerrar a Sé até que a diocese de Lisboa apresente provas de que as hóstias e o vinho verificam as regras comunitárias de higiene e de embalagem, bem como de que da próxima vez que o cardeal dê o anel beijar aos crentes procede à sua limpeza usando lenços de papel devidamente certificados, exigindo-se o recurso a lenços descartáveis semelhantes aos usados nos aviões ou nas marisqueiras desde que o sabor a limão seja conseguido com ingredientes naturais.

O Jumento sabe que a ASAE ainda inspeccionou a sacristia para se assegurar que D. José, um fumador incorrigível, não andou por ali a fumar um cigarro, já que não constando nas listas dos espaços fechados da lei anti-tabaco as igrejas não beneficiam dos favores dos casinos pois tanto quanto se sabe o inspector-geral da ASAE nunca lá foi apanhado a fumar uma cigarrilha.

Retirado d`O Jumento, depois de recebido por email, o que se agradece dede já.

RJAAGEPEPEBS*

Após mais de 30 anos de gestão colegial nos estabelecimentos de ensino, o governo quer agora com o Regime jurídico de Autonomia, administração e gestão, uma concentração de poderes num órgão unipessoal, um “chefe”, mais pomposamente designado de director. Tal alteração é feita no pressuposto de assegurar uma liderança forte nas escolas e sem que se tenha efectuado qualquer avaliação prévia ao actual regime de autonomia.

A escolha do director é feita por um Conselho de Gestão (CG) que substitui a Assembleia de Escola e pode recair sobre um docente do quadro ou do ensino particular. Por sua vez o director, nomeia todos os responsáveis pelas funções de gestão intermédia.

Esta proposta reduz claramente a participação dos professores na gestão das escolas, ao passar o número de professores no CG de 50% para um máximo de 40% e aumenta o peso das associações de pais e representantes da comunidade local.

Por sua vez o presidente do CG não poderá ser um professor, pois segundo o Secretário de Estado Adjunto da Educação, “iria diminuir a autoridade do director de escola sobre os professores…”

* Regime Juridico de Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos Públicos da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básicos e Secundário

Coisas que se ouvem

Hoje de manhã fui ao hospital Garcia de Orta, serviço de cardiologia, enquanto estava na bicha para ser atendido na secretaria, retive este diálogo entre a pessoa que estava à minha frente e o administrativo de serviço. Depois de uma trapalhada (que já me estava a fazer subir a tensão), sobre um processo que devia estar no serviço de cardiologia, mas que por uma mudança qualquer tinha passado para as “consultas externas”, o indivíduo que estava à minha frente pergunta ao funcionário:
- E a lista de espera, quanto tempo é que demora?
- Dois, três anos.
- Então isto não mudou nada!?
O funcionário do lado de lá do balcão encolheu os ombros e eu finalmente fui atendido, enquanto o outro se retirava resmungando.

domingo, 13 de janeiro de 2008

sábado, 12 de janeiro de 2008

Globos de Ouro cancelados

A NBC decidiu cancelar a cerimónia de entrega dos Globos de Ouro marcada para o próximo domingo.
Na base desta decisão está a solidariedade de inúmeros actores e realizadores de cinema com a luta dos guionistas de Hollywood, em greve desde Novembro como protesto pelo não pagamento, por parte das companhias, dos respectivos direitos no negócio de venda de conteúdos em DVD e outras plataformas multimédia.
A unidade e determinação dos guionistas está a causar graves prejuízos às empresas que operam no cinema e dominam as emissões televisivas.

Cadáveres adiados

"Se não houver futuro, se não tivermos futuro, seremos como dizia o outro, "cadáveres adiados que procriam".
Manuel Gusmão, Público,30.12.07

auto-poesis

"O carácter profundamente transformador do trabalho humano, (...) o facto de as artes serem construções antropológicas e de os humanos se configurarem e reconfigurarem, segundo uma auto-poesis histórica, são fundamentos suficientes para que nos possamos, sem mais garantias, prometer um futuro, "uma terra sem amos". Porque nós habitamos o mundo, e o mundo é a nossa tarefa."
Manel Gusmão, Público, 30.12.07

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Por mera hipótese

O governo anunciou dia 10 de Janeiro que se decidiu por outra localização para o novo aeroporto, agora em Alcochete, mas será que Portugal precisa realmente de um novo aeroporto?

No mundo pós-Pico Petrolífero o mais provável é que tal obra nunca venha a avançar. Quando, por hipótese, nos próximos anos, o preço do barril de petróleo subir às centenas de dólares as apetências privadas pelo sector aeroportuário continuarão iguais?

Para daqui a 12 meses o mercado de futuros em N. York já regista um preço de US$ 122. Qual será ele daqui a 24, 36 ou 48 meses?.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Alcochete Jamé

Via o tempo das cerejas

Vende-se

Vende-se terrenos na Ota. Bom preço.

Ridiculo

A recente história do retroactivo das pensões que deveriam ter sido aumentadas em Dezembro, é reveladora da miséria a que chegou este governo. O Ministério da Segurança Social queria distribuir a extraordinária quantia de 68 cêntimos em 14 prestações.

Repare-se na justificação apresentada pelo Sr. Secretário de Estado da Segurança Social, dr. Pedro Marques em comentário ao Fórum da TSF:

«Se pagássemos em Janeiro todo o aumento extraordinário, em Fevereiro as pessoas perdiam poder de compra e perdiam valor na sua pensão. Pode não ser muito, mas o que significaria pagar todo esse valor em Janeiro e depois não pagá-lo em Fevereiro»

Se o ridículo matasse o problema já estava resolvido e este já estava despachado.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008


LEYA
"...existem vantagens da concentração no sector livreiro como em qualquer outro sector da economia".
Miguel Paes do Amaral na apresentação do novo grupo editorial LEYA composto pelas editoras Asa, Caminho, D. Quixote, Gailivro, Novagaia e Texto, a chancela moçambicana Ndzila e a editora angolana Nadjira.
Que dizem a isto?

Continua o saque

O Tesouro vendeu acções da REN, no final de 2006, à empresa estatal Parpública por um valor superior àquele a que as acções da empresa foram privatizadas, seis meses depois. A empresa do Estado perdeu cerca de 22 milhões de euros com a privatização da REN, isto apesar desta ter sido a oferta pública de venda mais concorrida de 2007 (pudera), a procura superou em mais de cem vezes a oferta . Deve ser a isto que se chama mercado, preços definidos pela oferta e procura e outras tretas.
D.N. – 07.01.08

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Rasca

Segundo o Expresso e ao que se sabe não desmentido, "Armando Vara vai manter o vínculo contratual com a Caixa Geral de Depósitos até conhecer o resultado das eleições para o conselho de administração do BCP". Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar, deve ter pensado este diligente representante do carreirismo rosa. Não é que esta decisão altere substantivamente a questão de fundo, mas não deixa de ser esclarecedora sobre o carácter deste senhor.
Via Zero de conduta

domingo, 6 de janeiro de 2008

Morreu Luiz Pacheco, o libertino.


"Vou pelas ruas da cidade e sou toda a cidade. Eu estou em todos os rostos nos risos em toda a parte onde há uma voz uma cara um sorriso aberto. Vou de companhia, liberto, nos risos dos outros, voo de rosto a rosto nos cheiros dos corpos nos olhares dos namorados (olhos parados a rir noutros olhos, olhos de namorados. Lanço-lhes a mão e agarro-os, como se fossem para mim, e oiço de longe a sua música). Peso fortuito (furtivo) girando sem órbita certa, sem destino conhecido, mas gostando de estar. Um sangue com corda. Estou na minha cidade e vou despido, aqui a luta é violenta e desleal, é tudo conquistado à força de muque e arrogância, mentiras que não somos nós nem são parecidas com nenhum de nós. Vou andando e assobiando a minha música de revolta."

excerto do texto de Luiz Pacheco "Os namorados".

sábado, 5 de janeiro de 2008

Lesões à liberdade individual

“Uma sociedade que desiste do ideal igualitário não pode confiar na liberdade dos seus cidadãos.”
Daniel Oliveira, Expresso, 05/01/08

A proposta de lei do executivo para que se passe a conservar durante o prazo de um ano os dados de tráfego e de localização das chamadas telefónicas foi ontem aprovada, no Parlamento, com os votos do PS, PSD e CDS-PP , bancadas que consideram que em nome do combate ao terrorismo e ao crime organizado são de admitir lesões à liberdade individual.

Ficam com o acesso aos dados inúmeras entidades como a PJ, PSP, GNR, Judiciária Militar, SEF, Polícia Marítima, Inspecção Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território e a Administração Tributária e a Segurança Social.

O Sindicato dos Jornalistas alertou para o facto de com esta legislação se estar a pôr em causa "o sigilo das fontes".

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

E dura, dura, dura...

A propósito das tretas da livre “concorrência”, “mercado”, “espírito de iniciativa” e coisas do género:

Os administradores da CGD entenderam por bem emprestar 500 milhões de euros para compra de acções do BCP. Em “troca”, os beneficiários do empréstimo, resolvem “apoiar” esses administradores para a direcção do BCP.

ridículo

"Se o ridículo matasse, o inspector-geral da ASAE, António Nunes, ter-se-ia engasgado com a fumaça da cigarrilha com que comemorou a passagem de ano no Casino do Estoril."
David Pontes, "Jornal de Notícias", 4 de Janeiro de 2008

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O êxito exigido

O sucessor de Blair, Gordon Brown, mantém vivo o império!

Depois da história, mal contada é certo, de terem sido os serviços secretos ingleses a enrolarem CIA acerca do Iraque, num enredo que envolvia armas de destruição maciça, a Al Qaeda e o resto, finalmente existem resultados visíveis e outros esperançosos para os súbditos de Sua Majestade.

O que não resulta politicamente no Zimbabué, resulta bem no Quénia. O que não resultou policialmente em Portugal, pode resultar no Paquistão.

O que me parece confuso é que, em todos os casos, os mass-media globais, orientados esmagadoramente pelo capital de língua anglo-saxónica, depressa conseguiram encontrar culpados: Não há dúvida! Foi a Al Qaeda! (Até o “raptor” de Maddie foi para Marrocos).

Sem dúvida que foi!

Mas qual das células da Al Qaeda? A do Bin Laden? Do Zarqauí? A dos Pederastas? A do Sadam? Do Rei Abdullah? Do MI5? Da CIA e FBI? Da do Musharraf? Da Mossad? Da(do) FSB?


Tantas perguntas, quantas respostas

Mensagem de Ano Novo do Sr. Presidente

“Perante as dificuldades de crescimento da nossa economia, perante a angústia daqueles que não têm emprego e a subsistência de bolsas de pobreza, devemos concentrar-nos no que é essencial para o nosso futuro comum, e não trazer para o debate aquilo que divide a sociedade portuguesa.”

Mensagem de Ano Novo de Cavaco e Silva

Portanto vamos lá a deixar-nos de referendos sobre coisas secundárias, como tratados que não interessam a ninguém e que além disso são muito confusos para o povo.
E nada de protestos, manifestações ou greves, só coisas que unam os portugueses. Ou seja: O patronato pede, o governo executa e o pessoal cala-se a bem da nação.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Um verdadeiro Baptista

"Já não há socialistas; há pragmáticos: a maravilha elástica que ministra intensas alegrias aos abjurantes do esquerdismo e aos comunistas contritos, alvoroçadamente convertidos aos prestígios do capitalismo".
Baptista-Bastos, "Diário de Notícias", 02-01-2008

bujardas* macro-económicas

Sem entrar em considerações sobre a premiscuidade evidente entre o poder financeiro e o poder político, o que se percebe é que este governo Sócrates, está apostado em acabar com mais uma instituição fundamental para Portugal. Nomeou para a CGD um antigo administrador da TAP, um daqueles que afundaram a companhia aérea se bem se recordam. Devem estar à espera de coisas boas não é? Sr. Presidente da República, por favor contrate mas é o Fernando Pinto para 1ºMinistro e já!

* do francês - boucharde
s. f., martelo de aço de duas cabeças quadradas cuja superfície é formada por pontas aguçadas.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Historia de Natal

... Primeiro veio o Berardo. E comeu.
... Depois veio o Santos Ferreira. E comeu.
... Depois veio o Vara. E comeu.
... Depois veio a Opus Dei...

Não, não. A Opus Dei, foi com o Cadilhe e o Bagão no comboio ao Circo.

Via RandomBlog2