Como disse nos comentários a este post, entre Obama e McCain só muda o estilo, porque a essência da politica dos EUA não está nas mãos de efémeros presidentes, mas em outras estruturas que não arriscam o poder em encenações de eleições democráticas por piores que elas sejam e as americanas são mesmo mazinhas.
À falta de conteúdo político, os democratas foram buscar um mestiço jovem que se afirma negro e uma mulher para animar as primárias. Os conservadores, só com brancos de meia idade para cima, pareciam estar completamente batidos, mas eis que o Staff de McCain tira um coelho da cartola, no caso é mais uma coelhinha e de repente…, parece que os flashes da imprensa deixaram de perseguir o negro que afinal é mestiço e passaram a perseguir a bela puritana que já foi Miss, Sarah Palin.
A jogada não foi nada má, primeiro pela estranheza dos conservadores avançarem com uma “estampa” de mulher e para rematar, não é que a filha de 17 anos da senhora puritana está grávida e ainda por cima nem é casada. O resultado vai ser que nos próximos tempos a senhora e filha não vão deixar de ser matéria para aquilo que os média denominam como notícias, “cativando” assim a atenção do grande público e eleitores.
Alguns dos ditos democratas, dão saltos de contentes e apontam o dedo: “estão a ver a senhora é puritana e afinal a filha…”, coitados nem se apercebem que estão a fazer o jogo dos conservadores, assumindo eles uma posição preconceituosa. O curioso é que já Dick Cheney, o sinistro vice de Bush, quando apareceu também trazia consigo uma filha lésbica e logo ele que era frontalmente contra essas coisas, na altura os ditos democratas também acabaram por, querendo acentuar uma suposta contradição, fazer o jogo dos conservadores.
Enfim, como se pode ver o debate político nos States continua acesso e renhido.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Tens toda a razão, grande debate se faz por aquelas bandas!
Curiosa, a expressão "mestiço jovem que se afirma negro". Será que contém alguma censura subliminar? O que seria se o "jovem" sr. se afirmasse branco.... No entanto, aprecio particularmente a expressão "efémeros presidentes" e compreendo-a, se tiver em conta que o autor do post é um incondicional apoiante de Fidel Castro e que os presidentes americanos apenas cumprem mandatos de 4 anos podendo recandidatar-se uma só vez. Com o mais velho dos Castro, a palavra "efemeridade" ganha uma nova dimensão e merece uma revisão no dicionário. Quanto à qualidade do debate, está ao nível habitual: abaixo de barriga de jacaré.
Enviar um comentário