Referendo no Equador

Há noticias que por não serem muito agradáveis a quem jura a pés juntos que não há outra solução para a humanidade que não seja a de viver num mundo dominado pelo capital, que não terão qualquer referência nos noticiários ou a tê-la, não passará de um pequeno apontamento de rodapé, acompanhado de preferência por comentários, inocentes, que alertam para os perigos que a democracia corre naquele país, com umas pessoas estranhas a falar de Socialismos do Século XXI e a ganharem eleições.

O caso é que Rafael Correa, presidente do Equador viu a sua posição política ser reforçada ao ganhar o referendo para aprovação de uma nova constituição que permitirá a instituição de um novo modelo político no qual a democracia e a participação dos cidadãos serão efectivos e reforçados.

Até à manhã desta segunda-feira (no Equador), numa altura em que estavam apurados 80% dos votos, o SIM à nova constituição contava com 64% de aprovação por parte dos eleitores de acordo com informações do Tribunal Supremo Eleitoral.

Para a conformação da nova estrutura institucional será constituído o "Congresillo", uma espécie de Parlamento transitório, que assumirá as funções legislativas durante os próximos seis meses e nomeará os representantes do Judiciário e demais organismos do Estado.
O passo seguinte será a realização de eleições para cerca de três mil novos cargos públicos entre governadores, prefeitos, deputados e o presidente da República.

Com índices de popularidade de cerca de 70%, o líder equatoriano não deve enfrentar dificuldades para ser novamente eleito.