A avaliação de desempenho dos professores e a sua progressão na carreira, está subordinada ao sucesso dos alunos. Para efeito da auto-avaliação os docentes têm que apresentar os resultados do progresso de cada um dos seus alunos nos anos lectivos em avaliação.
Nada mais fácil para um professor do que, “produzir” sucesso, aliás deve ser essa a intenção deste governo (Sócrates tem experiência pessoal), para poder ostentar com orgulho, o inquestionável sucesso das medidas.
Subordinar a qualidade do desempenho de um professor à heterogeneidade das turmas que encontra (ambiente familiar e social, motivações pessoais e capacidades cognitivas), é um disparate, que pode transformar o sistema público de ensino num faz-de-conta, um recinto para entreter os jovens, prejudicando aqueles que não possam pagar uma escola privada, que lhes garanta um ensino exigente.
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2 comentários:
vejo que preferiste "disparate" a "completo disparate". Considero esta questão muitíssimo importante, pois penso que por traz disto está uma estratégia de promover um ensino mediano, que apenas apetreche os jovens pra "ganhar a vida" trabalhando sem fazer muitas ondas, sem ter um pensamento filosófico estruturado, tal e qual como fez o tão amado Salazar.E muito mais teria pra dizer este assunto...
Há pouco tive de sair a correr, mas queria acrescentar a ideia de que os estudantes têm de lutar pelo direito ao chumbo, pelo direito a aprender e a não passar de qualquer maneira, a ideia de que o ensino deve ser exigente, de que deve ser gratuito para todos e em todos os graus de ensino...
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