terça-feira, 7 de outubro de 2008

Uma guerra perdida

O mais alto graduado das tropas do Reino Unido no Afeganistão afirmou em entrevista ontem publicada pelo Sunday Times que a guerra contra os taliban não vai ser ganha - ninguém deve esperar uma "vitória militar decisiva", antes de estar preparado para uma possível negociação com os rebeldes "estudantes de Teologia", avisou.

Se os taliban se mostrarem receptivos a negociar, tal será "exactamente o tipo de progresso" necessário para pôr termo à rebelião, ou pelo menos "reduzi-la a um ponto em que não constitua mais uma ameaça estratégica e possa ser gerida pelas forças afegãs", defendeu o brigadeiro Mark Carleton-Smith - que está agora a terminar a sua segunda missão no Afeganistão.

Entretanto as tropas da NATO no Afeganistão vão continuar a aumentar o seu cortejo de vitimas civis… para quê?
Uma coisa a intervenção no Afeganistão conseguiu: O aumento da produção de droga.
O diário americano New York Times revela que Ahmed Wali Karzai, irmão do chefe do Estado, é suspeito de estar implicado no tráfico de droga. O NYT avança que, já em 2006, a questão foi discutida entre o embaixador dos EUA no Afeganistão, o chefe da da CIA e os seus homólogos britânicos e o Presidente Karzai. Este continua a recusar a expulsão do irmão do país, onde chefia o Conselho da cidade de Kandahar.

1 comentário:

Silvares disse...

O Afeganistão é o resultado do "Iraque soviético". Quando a merda já cheira demasiado mal o melhor é dar de frosques. Os "aliados" foram-se lá meter e também já estão (já estamos) a meter o rabo entre as penas. O "Iraque americano" (o verdadeiro) vai ter um destino algo semelhante. Já se fala em fazer as malas...