segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Novo modelo de gestão das escolas


7 comentários:

Silvares disse...

Esse é um problema interessante. Por um lado a nova lei para as eleições autárquicas faz das minorias maiorias absolutas.
Por outro lado os directores das escolas vão concentrar numa só pessoa poderes que deveriam ser distribuídos por várias, uma questão do mais elementar bom-senso.
Resta ver que esses directores vão ser escolhidos por um novo órgão a criar nas escolas, os Conselhos Gerais, que não podem ser presididos por professores. Nos Conselhos Gerais estarão representantes dos pais, do pessoal auxiliar, dos alunos e da autarquia. O Presidente desse Conselho Geral terá de ser escolhido entre estes representantes. Fala-se em entregar a responsabilidade pelo ensino básico e secundário às autarquias. Quantos presidentes de Conselhos Gerais virão a ser os respresentantes das invariáveis miorias autárquicas? Mmmmh, já viste bem onde nos parece estar a levar tudo isto?

Anónimo disse...

Estou baralhada.É assim?
Conselhos Gerais que são compostos por alunos, pais, auxiliares e autarquias?
Os representantes dos professores onde entram?
E o presidente é um professor da escola? Ou pode ser um qualquer que aprendeu inglês técnico na Independente?
A ser assim é mais simples que um teorema de pitágoras.

Vamos ter, os honrados e eleitos pelo povo, Isaltinos e as Fátimas Felgueiras a dar ordens nas nossas escolas.
Como formar é desenvolver capacidades de forma integrada e conexa e adquirir conhecimentos, atitudes e comportamentos, teremos jovens de mentes perigosas.

Terão aulas de fisiopatologia do saco azul,fuga ao fisco, gestão de capitais na Suiça,a história da imigração de taxistas ricos e a vida de um fugitivo em Ipanema.

E os professores, qual é o seu papel no meio disto tudo?
Não podem fazer o papel de perú no Natal!
Não se pode hipotecar o futuro dos nossos jovens de mentes brilhantes!

Silvares disse...

Realmente esqueci-me de referir que nos ditos Conselhos Gerais entram professores, nem poderia ser de outra forma. Simplesmente esse Conselho Geral não pode ser presidido por um professor.
Na verdade os Conselhos Gerais são um decalque das cessantes Assembleias de Escola com o pormenor das exigências em relação ao seu presidente que, tudo indica, começará a ser um cargo olhado com mais atenção pelo pessoal das autarquias. Digo eu.

Olaio disse...

A presidir o Conselho Geral da escola (CG), poderá estar o proprietário da farmácia local, o dono do supermercado, um representante de uma qualquer empresa (tipo Cesil, Néstlé, ou batatas frita Pala-Pala) do concelho, um representante da autarquia, algum pai de um aluno da própria escola.
Todos esses poderão estar, agora professor da escola é que parece que não dá.
Incompatibilidades… diz o secretário de estado.
Parece-me que os alunos já há muito tempo que ninguém lhes liga nem os chamam para estes cargos. Isso era nos tempos em que ainda havia alguma democracia digna desse nome.

Anónimo disse...

A srª Ministra da educação, com aquele ar de dona de casa que anda a prozac,inventou este silogismo.

O Conselho Geral pode ser presidido por "um qualquer cidadão", desde que não seja um Professor.
Este Conselho Geral elege o Director da escola.
Logo o Director da escola nunca será um isento, sério e competente professor.
Como os silogismos são para levar até ao fim: temos que criar os Conselhos Gerais para a eleição dos Ministros da educação.

Tudo isto me parece uma clara manipulação do sistema educativo.
Ou será uma manobra para acabar com o ensino Público isento e competente, criando o caus nas escolas e beneficiando o ensino privado.

Eu só acredito na bondade desta medida quando o merceeiro da minha rua for o presidente do colégio Planalto.

Olaio disse...

Imelda, só um reparo para que não haja confusões:
A director da escola pode-se candidatar qualquer professor da escola ou não. Pode vir de uma privada, ou recomendado por uma das "entidades locais".

Para o cargo de Presidente do Conselho Geral é que não se pode candidatar nenhum professor da escola.

Olaio disse...

Para mim é claro que a ideia é abrir o caminho à privatização do ensino.
Aliás a idéia é a mesma para a saúde, serviços públicos, empresas públicas e tudo o mais que possa dar lucro. O que dá prejuizo fica para o estado.