sábado, 17 de maio de 2008

Coisas perigosas

Constâncio promoveu um gestor privado que não trabalha no Banco de Portugal há oito anos.

O Banco de Portugal promoveu, por mérito, o presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) Vítor Bento, que é quadro do banco central, encontra-se em regime de licença sem vencimento desde 8 de Junho de 2000. A promoção, que vale mais 720 euros mensais (quando o economista regressar ao banco), foi comunicada em Fevereiro e tem efeitos desde o dia 1 de Janeiro.”
Este tipo de notícias, como diria Bagão Félix: obscenas! Tem o perigo de pela sua repetição se tornar numa coisa banal e natural e assim começar a ser aceite, com a naturalidade do respirar, como se o ser humano fosse por natureza egoísta, cínico, oportunista, e se estivesse a marimbar para a coisa pública, dessa forma torna-se licito este tipo de comportamento.
Não é verdade, nem todos nós somos assim e o ser humano por natureza é solidário e fraterno!

2 comentários:

Anónimo disse...

Banalização.
Tens razão, Olaio são de facto coisas perigosas. E mais perigosas se tornam, quando se acumulam de tal forma que já nem damos por elas, e quando damos, já não lhes atribuímos a devida importância.
É a banalização de tudo o que nos devia revoltar. Desde os roubos diários feitos por aqueles a quem atribuímos o dever de zelar pelo bem de todos, a que vamos encolhendo os ombros depois de um qualquer desabafo (filhos da p…, ou qualquer coisa parecida), à morte instituída por guerras e fomes, que porque não é connosco, cada vez mais nos dizem menos.
É a triste condição do animal de hábitos que somos. Pessimismo? Talvez! Ou talvez não…

Silvares disse...

Andamos constantemente a ser enganados. Juram-nos a pés juntos que o mercado "livre" (estranha expressão) é a única via para a salvação da alma da nossa sociedade. No entanto, em Portugal, o mercado "livre" tem dado alguns resultados extraordinários. O preço dos combustíveis, por exemplo, desde que é livre só tem aproveitado essa liberdade em benefício dos especuladores que enriquecem à nossa custa. Seria de esperar que houvesse competição com baixa de preços para cativar os consumidores. Mas afinal é sempre a subir... andam a enganar o pessoal!