domingo, 4 de maio de 2008

Manipulação groseira sobre o Tibete

Pelos vistos esta foto já chegou às caixas de correio electrónicas portuguesas, quem quiser saber a história desta foto, pode consultar este post no blog Acercadasideias.

21 comentários:

Silvares disse...

Deixei este comentário no Acercadasideias.

Este texto fede a propaganda Pêcêpista. É tendencioso e, mesmo que se baseie em factos reais, a forma como está escrito e é concluído é repelente.

"Do ambiente místico que serve de pano de fundo à campanha chamada de pró-Tibete, não sobressai a história recente da relação envolvendo a China, o Tibete – que a integra - e o Dalai Lama. É natural, tendo em conta que a verdade não interessa ao capitalismo neoliberal, que prefere reescrever o passado de acordo com os seus objectivos presentes e futuros."

Uma tirada deste calibre no Avante! só pode ser uma piada de mau gosto. Desde quando é que a verdade interessa aos propagandistas que escrevinham no Avante!? Desde que caiu o Muro de Berlim? Por favor. Argumenta como quiseres mas não venhas propor como fonte fidedigna o jornal mais abjecto e tendencioso que se publica em Portugal Ao pé do Avante! o Povo Livre é um hino à liberdade expressão. Porra.

Anónimo disse...

Oi compadre Rui, eu sei que os tempos estão de modo a irritar o cidadão mais pacato.
Mas isso não serão nervos a mais, e uma dose excessiva de anti-comunismo?

Olaio disse...

É curioso, parece que quando o anti-comunismo ataca uma pessoa, a sua capacidade de raciocínio se vai, restando unicamente o preconceito… curioso.

Primeiro fiquei estupefacto com a tua reacção a este post, achando estranho que considerasses que o seu autor, Michel Collon fosse do PC, só depois reparei que não comentavas este post, mas sim outro que está no “Acercadasideias” com o titulo: “Quem é o Kensin Gyatso?” (http://acercadasideias.blogspot.com/2008/05/quem-kenzin-gyatso.html), post devidamente identificado como tendo sido retirado do “Avante” de 30.04.08 e que faz parte de um conjunto de 11 textos e artigos de várias proveniências sobre o Tibete. Textos lá colocados para se ter uma ideia mais clara sobre o que se passa no tecto do mundo. O último dos quais, “Vídeos sobre o Tibete” da france 3, embora claramente anti-chines, permite ter uma ideia do que era a realidade tibetana sobre o domínio do feudalismo teocrático do Dalai lama.

Mas façamos a radiografia do preconceito, já que argumentos não existem no teu comentário. Recordo que se está a falar do texto “Quem é Kensin Gyatso?” e não sobre este post da foto.

Numa manifestação de profundo sentido democratico, começas por afirmar que o texto “mesmo que se baseie em factos reais, a forma como está escrita e está concluído é repelente”, ou seja, para ti o problema não é a verdade o que te faz espécie são os aspectos formais e quem a diz, sendo do PCP é repelente. Elucidativo!

A seguir colocas um trecho do texto, parece que com o intuito de exemplificares não se sabe bem o quê, porque lendo-o não se percebe a tua opinião e objecções, ficando-me algumas questões.

- Será que duvidas que a seita do dalai Lama encobre os seus objectivos políticos, num manto de religiosidade e misticismo?
- Será que duvidas que a seita do dalai lama foge de discutir a história do Tibete, nomeadamente o período até aos anos 50 do século passado?
- Será que dúvidas da soberania da China sobre o Tibete, facto nunca contestado por qualquer nação, até os comunistas tomarem o poder na China (excepto a Grã-bretanha que em 1903 ocupou Lhasa, no seguimento da edificante guerra do ópio)?
- Será que duvidas que o capitalismo neo-liberal, sonha com o desmembramento da China, para não ter que suportar uns ameaçadores concorrentes e aceder livremente a um mercado apetitoso?

Tirando os preconceitos tens alguma coisa a contra-argumentar a isto?

Em relação ao último parágrafo, informo-te que quem escreve no “Avante” não se preocupa com a verdade só desde que o Muro de Berlim caiu, mas sim desde a altura em que falar verdade em Portugal tinha um custo muito elevado, inclusive a própria vida. Para editar o “Avante desde 1931, muitos do que o fizeram e nele escreveram, sujeitaram-se a ser presos, torturados e mortos.
Mas é claro que isso a ti não te diz nada, pelos vistos estás mais próximo dos conceitos de “democracia” e “liberdade” de um Santana ou de um Jardim, insignes escribas do “Povo Livre”.

Não arejes as ideias não, que não é preciso.

Silvares disse...

Ó compadres, então agora a China é o novo farol da Internacional Socialista? Que eu saiba o Mao era bué mau antes de a URSS ir pelo cano. Ou não era?
Quanto ao falar verdade não me venham com musiquinha de embalar. O Avante é um pasquim da pior espécie. Essa cena de agora se agarrarem à China como terra de anjos bem intencionados pega um bocado mal. E de comunista a China não tem grande coisa que reste. Estão a tentar construir um modelo alternativo ao capitalista ocidental. Mas "capitalismo de estado" ou lá o que é aquela coisa ainda terá de prestar muitas provas antes de se poder considerar algo positivo.
O meu problema é ter as janelas das ideias todas abertas. Há muita corrente de ar!
;-)

Olaio disse...

O problema do preconceituoso, é que perante um novo facto reage sob o efeito do preconceito e das duas uma, ou nega ou aceita acriticamente e por isso quando se discute um qualquer assunto com ele, pouco mais optemos do que um debitar monocórdico de frases feitas, que nada têm a ver com a discussão, porque na verdade o preconceituoso, pouco ou nada sabe sobre o tema. Confrontado com um argumento, em vez de contradizer de contra-argumentar, o preconceituoso chuta para a frente com um qualquer novo disparate (o preconceito é feito de disparates!) e assim torna-se um pouco cansativo discutir qualquer tema com ele.

Só um aparte: O exemplo mais perfeito de um preconceituoso é o Presidente dos EUA, que representa um magnífico retrocesso da espécie humana, conseguindo voltar a aproximar o homem do macaco, coisa simplesmente fantástica.

O post que deu origem a esta “conversa” pretendia desmontar a grosseira manipulação de uma imagem para denegrir a posição da China em relação ao Tibete, o Silvares, respondeu indo buscar um outro post e em vez de contra-argumentar o que lá é afirmado, limitou-se a debitar uma série de frases feitas do mais refinado anti-comunismo.
Uma pessoa tenta procurar naquele arrazoado algo que permita discutir (porque é da discussão que nasce a luz) a questão tibetana, mas nada! O Silvares retruca com mais um disparate: “Ó compadres, então agora a China é o novo farol da Internacional Socialista?”, e uma pessoa questiona-se, mas alguém falou aqui no carácter socialista ou não da China?
O que se está a falar é sobre o Tibete e mais concretamente sobre a manipulação de uma foto, mas sobre isso o Silvares abriu as janelas todas e o vento levou-lhe as ideias, deixando os preconceitos que são pior que carraças.

O mundo não é a preto e branco. Quando se denunciava a violenta manipulação que os EUA faziam da realidade do Iraque de Saddan, não se estava a defender que esse país fosse o farol de coisa alguma, antes se chamava a atenção para os intuitos criminosos de Bush, coisa que a realidade acabou por demonstrar da forma mais evidente e cruel. Mas os “idiotas úteis” que na altura colaboraram na criação do ambiente que permitiu aos criminosos avançar, permanecem hoje muito satisfeitos da sua suposta integridade moral.
Há quem acredite na liberdade e que os povos, tal como as pessoas, são capazes de resolver os seus problemas independentemente de interferências externas, que longe de pretenderem a sua democratização ou libertação, o que querem é submetê-los a interesses externos! Era assim com o Iraque, é assim com a China.
Porém há quem julgue que a democracia de plástico é mais um produto à venda nesta sociedade de consumo.

Acho uma certa piada a esta conversa, porque na verdade, não tenho grande simpatia pelo regime chinês, antes respeito pelo seu povo e a ideia de que eles como qualquer outro povo, sabem encontrar o seu caminho e resolver os problemas com que se defrontam. É assim com a China como com qualquer outro país, inclusive Portugal.

Uma informação, já que pelos vistos o preconceito não te permitiu perceber ainda: A internacional Socialista, não tem nada a ver com os comunistas, mas sim com os chamados socialistas e sociais-democratas? A 3ª Internacional, Comunista, desfez-se a seguir à 2ª Grande guerra.

Já agora, alguma vez lês-te ou pegas-te no “Avante”?

:-)))

Anónimo disse...

Peço a palavra, meus Senhores:

Discussão interessante,com veemência, sentido de humor, muito "arejada" ...ou com alguma ventania.
Quem tão razão? Talvez não seja o mais importante.

Se na Assenbleia da Républica se discutisse assim , os nossos jovens estariam bué interessados nessa cena da política.

Silvares - em que sistemas acreditar então? Faliram todos? Estamos condenados a esta mediocridade?

Olaio- acreditas mesmo que o regime misto Chinês possa ser algo de bom para os Chineses e para o Ser Humano?

Tenho dito e aguardo resposta dos netcontendores.

Olaio disse...

Imelda, não sei muito bem se o modelo seguido pelos chineses pode ser bom para a humanidade ou não, o tempo o dirá. No entanto há algumas coisas que registo.
- Num mundo que alguns pretendem unipolar, com os EUA a quererem ditar as regras a todos os outros povos, a existência de contrapontos só pode ser positiva. Aliás julgo que essa é uma das razões que está por detrás de questões como o que se passa actualmente com o Tibete: Procurar enfraquecer a China.

- Outra coisa que é verdade é que o modelo adoptado pela China tem levado ao seu rápido crescimento económico, ameaçando torna-la numa próxima potência mundial, com todas as consequências positivas que isso pode ter em toda a sociedade chinesa.

- Muitos dos que denigrem a China, afirmam que o desenvolvimento económico não corresponde ao desenvolvimento da qualidade de vida do seu povo, no entanto, quando confrontados com um facto que é publico e do conhecimento de todos, que é o de, uma das principais causas dos aumentos dos alimentos ser o acentuado acréscimo do consumo no mercado chinês, calam-se e omitem o que isso pode significar na melhoria da qualidade de vida dos chineses.

- Em relação aos direitos dos trabalhadores, nota-se uma situação curiosa. Muitos dos que, nomeadamente em Portugal, diabolizam a China pela forma como tratam o trabalho, ridicularizando e menosprezando, as melhorias que lá se verificam, o que procuram depois na verdade, é que as condições de vida dos portugueses se pareçam cada vez mais com a situação actual dos chineses. Recorde-se o caso do Ministro Manuel Pinho ao realçar que uma das qualidades de Portugal é os seus baixos salários.
Contrariamente, aqueles que olham com sentido crítico para a realidade chinesa, realçam e valorizam as noticias que mostram a melhoria e aproximação dos direitos dos chineses em relação à Europa.

- Curiosamente, muitos dos que estão sempre prontos para aproveitar qualquer caso para denegrir a imagem da China, raramente ou nunca referem as inúmeras greves e lutas dos trabalhadores chineses, porque será?

Resumindo: Há menos de 70 anos, a china era uma nação fraca e humilhada, atacada por ingleses (a nojenta guerra do ópio), japoneses, russos, americanos. Hoje parece-me que é bem diferente e isso é bom para os chineses.
Portanto acredito que o povo chinês há-de encontrar uma forma de ser feliz, seja lá isso o que for e que com isso, contribua para a felicidade da humanidade, seja isso também lá o que for.

jorge disse...

Este post pode ter duas leituras.
1 - os tibetanos são burros e querem fazer passar os outros por parvos. Nunca o exército chinês, se dele se tratasse, cometeria erros desta natureza. Então os rapazes iam vestir uniformes fora de época? Nah, têm os olhos em bico, mas são tudo menos parvos. Só podiam mesmo ser os tibetanos, esses sim, perfeitos idiotas que se embrulham em lençóis coloridos e chamam àquilo roupa... Então aqueles mongas estão a mudar de roupa na via pública e há quem pense que se poderia tratar dos garbosos militares chineses? Jamais. Só os burros ingratos dos tibetanos é que seriam estúpidos a tal ponto.
2- E se forem soldados chineses a fazer de tibetanos que estão a fazer de soldados chineses? Para quem vê conspirações em toda a parte nem me parece má hipótese. Mas não, os chineses nunca seriam capazes disso. Os burros malévolos dos tibetanos, sim. Ah, é verdade, os americanos também fazem destas mistificações. Ainda não há muito tempo, ouvi, com estes ouvidos que a terrra há-de comer, elementos próximos deste blog a insinuar que o 11 de Setembro foi uma mistificação montada pelos americanos para poderem atacar o Afeganistão. Como toda a gente sabe, não havia um único judeu nas Twin Towers... Pudera, todos tinham sido avisados pela CIA ou coisa que o valha! Ah, como o mundo seria bem mais simples visto dessa maneira.... Já agora, como é que se chama alguém que é anti-anti-comunista? Comunista? Não me parece. A minha ideia de comunismo não tem nada que ver com esta definição do mundo pela negativa nem com a procura desesperada de um farol que nos guie nem com um discurso estafado e que tresanda a mofo ('seita', por ex, quando são referidos o dalai Lama e os seus seguidores). Maldito Gorbachev, que a culpa é tua .... Para concluir: quem considera o Avante uma fonte fidedigna só pode estar a fazer humor. Para concluir (parte II): o Dalai Lama tem 'uma seita' (sic)? O Salazar chamava o mesmo ao Partido Comunista. Para concluir (parte III): ó Olaio, achas mesmo 'que o capitalismo neo-liberal, sonha com o desmembramento da China, para não ter que suportar uns ameaçadores concorrentes'? Então em que ficamos? Onde está o execrável e perigoso capitalismo neo-liberal que tudo perverte e distorce a verdade? No Ocidente ou na nação em que tantas esperanças depositas? É melhor dares outra vista de olhos ao Avante, que algima coisa está a falhar...

Anónimo disse...

De facto, não era o tipo de discussão que mais me apetecia ter , mas como não sou muito mao, e fui tido como tal, devido ao post que o compadre Olaio colocou sobre quais seriam as verdadeiras fardas dos monges do Tibete, sinto-me no dever de mandar uma busha para a discussão.
Pois, eu não sou militante do PCP, ainda que sempre tenha votado nele, defenda convictamente a utopia comunista e não conheça nenhum outro modo de tentar (quer no que me toca, quer no que gostava que tocasse a todos) a construção de uma sociedade onde se possa viver, sem sentirmos que estamos a usufruir do que outros deviam ter direito, ou que estamos a ser privados por outros daquilo que nos devia também pertencer.
Por isso, não fiquei eufórico quando a URSS foi pelo cano, como diz o Rui, ainda que, pelo que dela conhecia ou desconfiava, não me apetecesse propriamente viver num regime que apesar de metas tão promissoras, teve os ziguezagues de percurso que a fizeram despistar. Não é a ocasião indicada para falar das razões para assim ter acontecido, mas não deixo de lembrar que enquanto existiu, foi de grande utilidade nas conquistas que pelo ocidente, os trabalhadores tiveram oportunidade de conseguir, em grande parte devido à sua existência.
O farol de que vocês falam, é para mim essa utopia. A URSS, bem como outras tentativas de percorrer esse caminho, também serão faróis mas com a definição mais prosaica da coisa, isto é, sinais a atender para evitar encalhar de novo.
No que diz respeito aos chineses, também me parece que a tentativa deles no sentido de uma sociedade mais igualitária, ainda está muito longe de atingir o seu fim, mas nunca se sabe (eu não sei) se não estarão a dar passos no bom sentido.
Julgo ser a isto que o Jorge chama “definição do mundo pela negativa” e “procura desesperada de um farol” (acho que estão a pensar em repor o de Cacilhas, mas esse é do tempo do Salazar, e é pequeno).
Quanto aos “amigos americanos”, amigos dos europeus amigos deles, quanto a esses, estamos conversados. São de facto o verdadeiro farol da democracia (que significa o poder do povo). Aí, o que vejo, é o poder de uma minoria que se apropria dos bens materiais existentes que ajudou a construir com o seu espírito de iniciativa (se a isso chamarmos algum labor, muito roubo e especulação).
Claro que nem todos vêm o problema da mesma maneira, porque essa minoria sabe que o tempo do feudalismo já passou, e como nobres modernos, souberam criar os respectivos vassalos. Assim, a classe média, quer com o fito de atingir a nobreza, quer desejando apenas viver numa boa, sem grandes chatices e podendo de vez em quando visitar os palácios que os nobres lhes disponibilizam, assobia para o lado ou lamenta, quais antigas damas da caridadezinha, a triste sorte de quem nasceu amarelo, preto ou avermelhado.
Não deve ter sido por acaso, que ontem ou anteontem ouvi o ex educador da classe operária, Saldanha Sanchez, numa análise televisiva à crise do petróleo e do aumento dos preços dos bens alimentares nos EUA, dizer que o verdadeiro problema reside na perda do poder de compra da classe média. Subentendi, que o resto tudo bem, desde que a classe média pudesse continuar a sonhar ser nobre.
Todas as análises são possíveis dependem, é claro, dos pontos de vista.
Acho que tudo isto tem também a ver com o post sobre o Tibete.

Silvares disse...

Olaio, quanto à conversa do preconceituoso sugiro-te que releias o que escreveste aí em cima sobre o Bush. Mmmmh, um bocadinho preconceituoso não achas. Ou estás disposto a rever a tua posição sobre o bisho (esta foi uma Albinice :-) caso te mostrem que ele até é um gajo bem intencionado? Duvido. Adiante.

Não me considero anti-comunista embora reconheça que não morro de amores pelo PCP. O PCP não é "o" comunismo. Ou é? Não gosto do PCP por uma série de razões que não cabem num comentário deste tipo mas isso não faz de mim um anti-comunista. Anti-PCP, quando muito, isso aceito. Mas, mesmo assim, parece-me que colar esse rótulo na minha testa é injusto. Aliás, é uma atitude igualzinha à dos que rotulam todos os que são contra a guerra no Iraque como anti-americanos. Diria que é conversa preconceituosa, mas não quero passar rasteiras nesta discussãozinha.

Quando a minha sogra era viva lia O Avante com regularidade. Agora nem lhe toco porque não o vejo e não sinto saudades. Como não sou preconceituoso :-) gosto de ler jornais que à partida sei que trazem dentro deles pontos de vista obnóxios. O Avante é grotesco e os seus textos nem preconceituosos são, são frequentemente abjectos e manipuladores dos factos. Afirmo isto com conhecimento de causa. A menos que nos últimos 2 ou 3 anos tenha mudado aí uns 300 ou 400 por cento e eu possa estar enganado por uma visão desactualizada.

A forma como defendes a China parece ser... bastante preconceituosa. Tens uma opinião formada e procuras justificá-la seleccionando informação que sustente esses teus pontos de vista prévios. Mas posso estar enganado.

Ou será que estás disposto a considerar que o Dalai Lama não é um chefe de seita e que a ocupação chinesa é nefasta para os tibetanos caso isso seja sustentado com factos? Aliás, só um gajo crivado de preconceitos pode imaginar que a ocupação do Tibete é para o bem dos tibetanos. É fácil recolher informação que mostra como os chineses que vivem no Tibete controem uma sociedade à parte e beneficiam do seu estatuto de ocupantes para viverem melhor que os autóctones. Ou nunca ouviste falar disso?

Tu que dizes que acreditas na liberdade dos povos para construirem a sua própria via para a felicidade parece que achas que o povo do Tibete precisa de explicadores. A menos que não consideres a possibilidade de os tibetanos, no seu conjunto, constituirem um povo.

Imelda, os regimes faliram todos mas não acho que estejamos eternamente condenados a esta mediocridade. Será complicado sair dela mas a esperança é a última coisa a morrer. Há os nossos filhos e depois os netos e por aí fora...

Quanto à Internacional Socialista foi uma gaffe minha. Reconheço. Ando a precisar de reler O Avante, camaradas.

Silvares disse...

Ah, entusiasmado pela agradável troca de galhardetes nesta discussão até me esquecia da imagem que ilustra este post.
Parece-me fácil acreditar na versão dos figurantes para a filmagem. Acredito plenamente nessa leitura. Porque não? ~
No entanto isso não torna a ocupação do Tibete menos criticável.
A manipulação de informação através da descontextualização e retoque de imagens é antiga. Há até um caso célebre com o Trotsky a desaparecer gradualmente de uma foto com o Lenine a discursar em
1º plano à medida que foi caindo em desgraça no regime comunista soviético. Até que desapareceu por completo como se sabe.

PS (salvo seja) Albino já agora experimenta ler A Utopia, o livro de Thomas More. Pode ser que encontres aí o "tal" modelo de sociedade.
:-)

jorge disse...

Só para deitar mais uma pequena cha para a fogueira.... Há algo que me custa compreender: como é possível que aqueles que o Avante (Ano 42- série VI - nº 449 - Janeiro de 1973)critica asperamente ("A China lado a lado do fascismo português" é o título apesar da proposição duvidosa)num artigo que pode ser consultado na net acedendo ao site do PCP, sejam agora incensados como referencias neste mundo corrupto e vendido ao capitalismo neo-liberal? Não é o mesmo partido que está no poder? Não reivindica este partido a memória de Mao, ainda vivo nesta época (1893/1976)? Não era Mao diabolizado pelos comunistas portugueses? Era, que eu lembro-me disso. E também me lembro de exemplos de alteração da história de modo a servir, decerto, 'os mais nobres ideais'. Lembro-me, por exemplo, de ver fotografias do Trotsky nas escadas de um tribuna onde Lenine discursava, corpo inclinado para a frente e cenho carregado.... E também me lembro de ver a mesma fotografia já sem o Trotsky. Apagado, como convinha ao poder da época, primeiro metaforicamente, mais tarde, no México, literalmente. E depois olho para os estúpidos monges a vestirem-se de heróicos soldados chineses no meio da rua, ouço falar no Avante como fonte de informação imparcial, e fico a pensar....

Anónimo disse...

Tenho que reler o Thomas More porque já não está muito presente.
Gostava de continuar a troca de galhardetes, ainda que a bandeira não seja minha. Mas de facto, para a minha idade, duas mensagens por dia e além disso a esta hora já me custa um pouco. Amanhã logo digo mais qualquer coisa, até porque me parece que o mao do Olaio está ausente, e sou neste momento, o redactor principal do colectivo.

Silvares disse...

Vai descansar compadre que hoje já é amanhã e aquela hora devias estar cansado.
A Utopia é uma obra interessante e deve ter sido obra de cabeceira de muito boa gente. O modelo de sociedade que existia naquela ilha esquecida é tão parecido com as propostas socialistas... utópicas!
Não sei o que apareceu primeiro, se o título da obra, se o conceito de utopia. Mas dá a sensação que pode muito bem ter sido o título do livro já que "utopia" se diz mais ou menos da mesma maneira em diferentes línguas. Enfim, coisas que dão sono.
:-)

Olaio disse...

Finalmente, após uns tantos comentários, lá se discute mais alguma coisa que simples frases feitas ou preconceitos, aparecendo algumas ideias. Como estive ausente a resposta é um pouco longa, mas pode ser lida por capítulos.

A QUESTÃO DA “SEITA”

Gelon Tenzin Gyatso é o 14º Dalai Lama da seita Gelugpa (ou Gelug), também chamada, seita do Chapéu Amarelo. O termo correcto para definir a organização religiosa do Dalai Lama é seita, caso tenham duvidas, pesquisem na net.

«Segundo o XIV Dai Lai-Lama, Gelon Tenzin Gyatso, Atisha conseguiu mostrar a maneira de praticar os ensinamentos de Buda sem nenhuma contradição. Os seus ensinamentos criaram a chamada Ordem Kadampa que consistiu na síntese dos vários veículos (yanas): “ a disciplina moral ou prática externa-Hinayana, a prática interior ou mente bhodi(Mahayana) e o Mantra Secreto(Vajrayana)".
Foi da Odem Kadampa que derivou a seita Gelugpa e os Tibetanos consideram-no uma encarnação do Bodhissattva Manjushri.”»
http://www.sintoniasaintgermain.com.br/letras_soltas.html
http://www.salves.com.br/tbtbud.htm


A CHINA OCUPOU O TIBETE

É curioso que continue a falar-se do Tibete como território ocupado pela China quando nem as potências (excepto a Inglaterra), que instigam e apoiam movimentos de orientação separatista que estão na origem das acções violentas, de que até o Dalai-Lama já se demarcou, põem em causa a integridade do território da República Popular da China, incluindo o Tibete como Região Autónoma.

Desde o século XIII que o Tibete está unido, com diversos graus de autonomia à China.

“O sistema de reincarnação dos Budas Vivos é o ponto principal que distingue o Budismo Tibetano das outras formas de Budismo.
Este termo "Buda Vivo" emergiu na Dinastia de Yuan (1271-1368) quando o Imperador Kublai Khan honrou Pagba, chefe da Seita Sagya, com o nome de "Buda do Paraíso do Oeste" A partir daí todos os monges que se distinguiam na prática do Budismo eram chamados de Buda Vivo. Entretanto o termo Buda Vivo não era reconhecido como um título especial para aquele que se tornava o sucessor do chefe de um mosteiro até a eventual introdução do sistema de reencarnação dos Budas Vivos.'
Kublai Khan em 1252 concedeu uma audiência para Pagba e Karma Pakshi, um monge eminente da Seita Karma Kagyu. Khan conferiu a Karma Pakshi um chapéu preto com beirada dourada e um selo dourado de autoridade. Para firmar os interesses de sua Seita, em 1283, deixou um testamento orientado os seus discípulos a procurarem um garoto para herdar o chapéu preto com a instrução baseada na premissa de que a ideologia de Buda é eterna, e um Buda iria reincarnar para completar as missões que ele havia iniciado”
“O sistema de reincarnação para o Dalai Lama foi introduzido no século XVI. No início da Dinastia Qing Dynasty, o 5º Dalai Lama viajou para Beijing para prestar homenagem ao Imperador Shunzhi. O Imperador Qing conferiu a ele o título honorário de o Dalai Lama, guardião da Fé Budista na Terra sob os auspícios do Grande Buda Benevolente o Paraíso do Oeste". O título Dalai Lama foi então estabelecido e permanece até hoje. O actual Dalai Lama foi entronado no Palácio de Potala e, 22 de Fevereiro de 1940, durante a cerimónia presidida por Wu Zhongxin, ministro da Comissão para os Assuntos Mongóis e Tibetanos do governo nacionalista da República da China (1911-49), sendo vetado alguns rituais que faziam parte da cerimónia de confirmação.”
http://www.salves.com.br/tbtbud.htm

O actual Dalai-Lama, antes de se assumir como dirigente do chamado governo no exílio, integrou ele próprio a 1ª Assembleia Nacional Popular da China que elaborou a constituição chinesa.

Entretanto, no decurso da 1ª metade do Século XX largas parcelas do território Chinês foram ocupadas. A Rússia czarista ocupou uma parte da Mongólia e dividiu-a em Mongólia Exterior e Mongólia Interior. O Japão invadiu a Mandchúria e tentou restabelecer, sob seu controle, a dinastia Manchu dos Qing, derrubada pelo movimento republicano chinês. Da mesma forma, a Grã-Bretanha, já senhora da Índia, do Butão do Sikkim, do Afganistão e do Nepal, combinou seus ataques ao litoral chinês (na vergonhosa guerra do ópio, com que inundou as cidades chinesas de ópio) com a invasão do Tibete em 1888 e 1903. Tentando a partir de 1913 impor à China o Tratado de Lhasa e a Convenção de Simla.”, que o governo nacionalista sempre se recusou a assinar.
A ocupação britânica do Tibete conseguiu, pelo menos, arrancar importantes concessões à China e passou a estimular, entre lamas e nobres tibetanos, um movimento pela independência, isto é, pela separação do Tibete, para colocá-lo sob controlo do grande império britânico.

A MINHA OPINIÂO EM RELAÇÂO À CHINA.

Já várias vezes expliquei aqui a minha posição em relação à China, mas parece que há quem entre o preto e o branco não consiga ver mais qualquer cor, deve ser uma questão de falta de vista.
O PCP aceitou restabelecer relações com o PC da China no ÍNICIO dos anos 80. Em TODOS os comunicados conjuntos de encontros do PCP com delegações do PC da China está referido que há discordâncias, divergências, ou diferenças de entendimento e de perspectiva sobre a construção do socialismo nos respectivos países e em relação aos desenvolvimentos da política mundial.
É bom não esquecer as transformações operadas na china após a morte de Mao Tsé-Tung, nomeadamente com o afastamento do chamado “bando dos quatro” e a redefinição de orientações politicas realizada por Deng Chiao Ping.

SOBRE O “AVANTE”

O “Avante” tem uma frase no canto esquerdo do seu cabeçalho: “Órgão Central do Partido Comunista Português”, o que quer dfizer que esse jornal se destina a divulgar as posições politicas do PCP assim como é instrumento das suas estratégias. Tentar transformar o “Avante” em algo que ele manifestamente não quer ser é deturpar a realidade.
Diz o Silvares: “O Avante é grotesco e os seus textos nem preconceituosos são, são frequentemente abjectos e manipuladores dos factos.”
É pena o Silvares dizer essas verdades absolutas e descontextualizadas, porque se referisse casos concretos talvez se pudesse perceber se é verdade ou não, dita dessa forma posso presumir que não passa de preconceito.

Já o Jorge acha que: “quem considera o Avante uma fonte fidedigna só pode estar a fazer humor”.
Pois digo-te uma coisa Jorge, sou da opinião, que para se ter uma informação correcta acerca da realidade de Portugal e do mundo é necessário ler o “Avante”, porque há notícias e opiniões que são omitidas em todos os outros órgãos de informação e só lá aparecem, assim para se ter acesso a todos os pontos de vista… só lendo o “Avante”!


O TROTSKI

O 20º Congresso do PCUS nos anos sessenta do século passado, já denunciou todas as arbitrariedades praticadas durante os anos em que Stalin governou a URSS. Já ouço essa história desde 1974, entretanto já os maoistas-estalinistas arrependidos, se juntaram com os Trotskistas envergonhados no BE e ainda a célebre história da fotografia do Trotski vem à baila. Realmente isso é que é falta de reportório político e ainda há quem fale em cassetes.


11 DE SETEMBRO

Jorge em relação ao 11 de Setembro, digo-te: Como seria bom se só houvesse bons e maus, e que os maus, os terroristas do Bin Laden, que nunca na sua vida tiveram nada a ver com a CIA nem com a família Bush, atacaram as torres e os bons, os americanos, descendentes do garboso general Custer, foram atrás deles e os mataram a todos, salvando a humanidade de guerras e sofrimentos.
Como era bom se o mundo fosse assim, com bons e maus, a preto e branco!

SE SE PROVAR QUE A OCUPAÇÂO CHINESA É NEFASTA PARA OS TIBETANOS?

É claro que defenderia a independência do Tibete.
Mas agora considerar, como faz o Dalai Lama, que a chegada dos caminhos-de-ferro a Lhasa é um acto de “genocídio cultural” é que acho esquisito. Então o que é que o senhor quereria, que os chineses não investissem no desenvolvimento económico do Tibete, dava-lhes mais jeito se aquela zona do mundo permanecesse isolada e atrasada como estava até 1950.

O CAPITALISMO NEO-LIBERAL, SONHA COM O DESMEMBRAMENTO DA CHINA.

Jorge aconselho-te a dar uma vista de olhos sobre a apresentação do livro “Os guerreiros de Buda – A história dos combatentes tibetanos da liberdade sustentados pela CIA), de Mikel Dunham (Penguin, 2004, 434 páginas)”, onde se explica como a CIA transferiu centenas de tibetanos para os Estados Unidos, treinou-os e armou-os, alimentando uma guerrilha no Tibete entre 1950 e 1974.
http://www.phayul.com/news/article.aspx?id=8782&t=4&c=1

jorge disse...

Porra, Olaio, que estás com a pica toda! Ontem bem avisaste sobre a terrível réplica que nos esperava! Como não estou com grande paciencia, só uns pequenos reparos:
1- Qt ao onze de Setembro, também achas que é uma gigantesca mistificação americana, preparada para cair em cima do Afeganistão e dos 'estudantes' de teologia? Poupa-me a essa, por favor...
2- Qt ao 'O CAPITALISMO NEO-LIBERAL, SONHA COM O DESMEMBRAMENTO DA CHINA.', a frase que se segue é tua :"Será que duvidas que o capitalismo neo-liberal, sonha com o desmembramento da China, para não ter que suportar uns ameaçadores concorrentes e aceder livremente a um mercado apetitoso?" Se bem a interpreto, os ameaçadores concorrentes do capitalismo neo-liberal são ..... a China! Penso que um concorrente será alguém que 'joga' o mesmo jogo que nós, não?
3- Qt à tua opinião em relação à China, muda quando a do partido também muda. Tão simples como isso. E não me venhas falar do Deng Xiao PIng... Ou os incidentes de Tianamen também foram orquestrados pelos americanos? O Deng não terá um lugar de honra no Inferno, ao nível de um Adolfito ou de um Paizinho dos Povos, mas é um rapaz esforçado, ainda assim. É bom saber que o Mau é que era Mao ou vice-versa (viste, Albino? Também sou capaz...) e os outros já são fixes.
4- Qt à história do caminho de ferro, conheço outra que mete telemóveis e uma ilha governada por uma gerontocracia (espero que esta palavra exista, mas tu percebes o que quero dizer).
5- Qt à fidedignidade do Avante! (com o ponto de exclamação e tudo) é discutivel. Como jornal partidário que é, reflecte a perspectiva do...partido. E mais nada. Qualquer neonazi assinante de um pasquim de extrema direita diria que ai é que vai encontrar a informação que a 'imprensa burguesa' (curiosa, esta coincidência lexical) lhe sonega.
6- Quanto à linguagem utilizada com uma frase come esta, está tudo dito: "entretanto já os maoistas-estalinistas arrependidos, se juntaram com os Trotskistas envergonhados no BE". Os adjectivos são esclarecedores das intenções de quem os utiliza.

Fico por aqui, que estou com um apetite súbito por arroz xau-xau e pato à Pequim...

Silvares disse...

O pior cego é aquele que não quer ver.

Anónimo disse...

Rui, com esse comentário estás sujeito a transformar-te em serial Killer. Esse tiro acerta em muita gente.Vou já esconder-me...

Silvares disse...

O Saramago acha que há mais cegueria do que parece. Mas ele... a gente já sabe, é dos poucos que têm olhinhos a brilhar no escuro que o mundo é. Não é?
:-)
Fiquem bem que eu também. Gostei muito desta discussãozita embora me tenha parecido que houve alguns momentos em que se passou das coisas às pessoas sem fazer a devida distinção e ficou tudo assim a dar para o acinzentado. Nada que se não limpe com uma abanadela de cabeça.
:-D

Olaio disse...

Este post pretendia discutir a questão do Tibete, era bom que tivesse ficado por esse tema, com troca de argumentos, podia ser que se esclarecesse alguma coisa. Apesar de tudo julgo que se esclareceu algumas coisas: A questão da seita Gelugpa, a internacional socialista, mais alguns dados ficaram no ar sobre a realidade tibetana e chinesa e curiosamente falou-se no “Avante”.

Jorge em relação ao teu último comentário, aqui vai a resposta, embora ache que já estamos numa conversa completamente diferente.

1- Não sei se o 11 de Setembro é uma gigantesca mistificação da ADMINISTRAÇÂO AMERICANA (topas-te a diferença?), o que sei é que o reverendo Jeremiah Wright, conselheiro espiritual de Obama, acha que sim e podes crer que ele sabe mais que eu ou tu. Outra coisa que sei é que a Al Qaeda foi uma co-produção da CIA com os fundamentalistas islâmicos.
2- Quanto à questão do afastar “ameaçadores concorrentes”, já ouviste falar em interesses geo-estratégicos dos diversos países, de imperialismo, guerra do Iraque, Afeganistão, bases militares americanas espalhadas pelo mundo… domínio do mundo, domínio da energia, petróleo? E outras coisas do género?
3- Não achas um pouco pretensioso esse ideia de saberes quando é que as minhas ideias mudam? Quanto à China, não percebo se achas ou não que ainda está tudo igual aos tempos de Mao, ou se acreditas que alguma coisa entretanto mudou? É que se mudou, é normal que a opinião dos outros sobre eles também mude.
4- Quanto à história do caminho-de-ferro, já percebi que não tens nada a dizer sobre o assunto e preferes “chutar para canto” com a história da gerontoncracia, portanto adiante.
5- A questão da “coincidência lexical” significa que preferes como exemplo de fidedignidade a imprensa burguesa? Tinha curiosidade em saber quais são os teus exemplos de fidedignidade já que preferes não ter uma “definição do mundo pela negativa”.
6- Não percebo o que queres dizer nesse ponto. Então não é verdade que a UDP, ou mais propriamente o PC(R), eram Stalinistas e Maoistas, e hoje parecem estar todos arrependidos desse seu passado? Então não eram os trotskistas defensores da Revolução permanente, e hoje muito parecem estar envergonhados, não se percebendo se ainda são trotskistas, ou-se-são-o-que-quer-que-seja?
E não é verdade que sendo aparentemente tão diferentes, dadas as diferenças de quem os inspirava, Trotski e Stalin, hoje se encontrarem tão felizes no BE, falando o menos possível do seu passado?
E será que tudo isso nada tem a ver com a limpeza do Trotski das fotografias?
No fundo também eles procederam à limpeza de Trotski e Stalin do seu passado.

Tens muita razão Silvares: “O pior cego é o que não quer ver”.
E já agora não te esqueças: “Há que lavar os olhos entre cada olhar”.

Quanto aos remoques pessoais, julgo que são quase inevitáveis quando se discute assuntos a sério, mas como dizes: Nada que se não limpe com uma abanadela de cabeça.

:-))

jorge disse...

Desisto.