sexta-feira, 9 de maio de 2008

Igualzinho em Portugal...

oEm muitos casos a percepção é diferente da realidade e a Suécia é, assim, diferente da Sverige. Mas não em todos. A noção de que conduzimos a res publica de forma distinta dos suecos é, de facto, real. Em 1995, a vice-primeira ministra sueca Mona Sahlin retirou-se da política activa depois de um jornal ter descoberto que usou um cartão de débito de trabalho para fazer compras pessoais no valor de 2000 coroas (cerca de 200 euros). Em 2006, a ministra dos negócios estrangeiros Laila Freivalds demitiu-se depois de se descobrir que fez declarações falsas à imprensa sobre o encerramento do website de um partido político. No mesmo ano, o recém-eleito primeiro ministro Reinfeldt demitiu duas das suas ministras - poucas semanas depois de terem sido nomeadas - quando se descobriu que não tinham declarado o pagamento de babysitters e de não terem pago a taxa de TV. Com excepção da primeira, nenhum destes políticos regressou ao activo. A política é um contrato social sancionado pela vontade popular e o escrutínio público da sua falta de ética retirou legitimidade a estes políticos para continuar no poder. Em Portugal, por outro lado, um primeiro ministro recentemente demitido por falta de competência e reprovado pela vontade popular insiste em regressar ao poder. Em 1642, numa carta escrita a D. João IV, a Rainha Kristina da Suécia afirmou que gostaria que se «restituisse de ambas as partes a sincera confiança, e boa correspondência e comunicação justa e conveniente». Também os portugueses precisam de restituir a confiança que têm na sua classe dirigente.
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1 comentário:

Silvares disse...

Os suécios (como diria Mr. Bush)são uns gajos deveras esquisitos. O frio encolhe-lhes o cérebro que se refugia nas profundezas da ciaxa craniana. Só isso pode explicar como são capazes de ser tão papalvos que não se aproveitem quando estão no poder e, pior do que isso, que não deixem os outros aproveitar. Só posso concluir que os suécios são uns metediços invejosos que têm a mania que a honestidade vale alguma coisa. Estúpidos!