PASSAVA O CHEIRO INTENSO DAS TÍLIAS
ERA O FIM DE MAIO
A VIDA DESLIZAVA SIMPLES COMO LINHO,
O LINHO QUE COBRE O SONO PROFUNDO,
QUE COBRIA O PÃO DA INFÂNCIA,
QUANDO A VIDA DESLIZAVA TÃO LEVE.
FLORES DE JACARANDÁ FENECEM VIOLÁCEAS NA CALÇADA
FOI-SE O PÓ E AS PEDRAS DE ANTIGOS TRILHOS,
FLORES DE TODAS AS CORES EM CATADUPA NA MEMÓRIA
ABANDONAM O CAMPO,
VIVEM AGORA NA CIDADE EM REDUTOS DELICADOS.
AS MAGNÓLIAS OFERECEM DISTANTES TAÇAS ALVAS AO CÉU AZUL.
E O ORVALHO BEIJARÁ ESSAS FLORES,
COMO BEIJAVA AS MANHÃS LÍMPIDAS DA MINHA INFÂNCIA
helena
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
LINDO!
Tão suave, delicado, diáfano como um sonho lilás em terras de Jacarandás.
Tão perfumado como um jardim desejado.
Tão puro como as boas memórias da infância que nos alimentam a imaginação.
PS. Concordo consigo, este Blog não tem só Comunistas. Ou terá poetas Comunistas.. contradição nos próprios termos?
Parabéns
Poema de veras interessante.
"Desagravo" ao PS do comentário:
Sou tão comunista
como sei de poesia
foi...falta de vista
ou só...ironia?
O "colectivo" que me perdoe por ser tão pouco comunista.
Não me parece que haja contradição nos termos.
Podendo pensar que o comunismo é uma utopia, o ser comunista será a procura de uma sociedade mais bela, perfeita, a preocupação constante de transformar a vida em poesia.
a.alberto, tás perdoado... por hoje!
Enviar um comentário