Em Outubro passado, a Câmara dos Representantes americana entregava ao Dalai Lama a medalha de ouro, a condecoração mais importante que aquela instituição pode conceder. Sua santidade, sempre sorridente, pronunciou um discurso em que elogiava Bush pelos seus esforços a nível mundial a favor da liberdade, da democracia e pelos direitos humanos, qualificou os EUA como “campeões da democracia e da liberdade”.
A fim de dar um ar de respeitabilidade ao 14º Dalai Lama, os mass media apresentam esta antiga figura principal de um sistema feudal e de uma estrutura sociopolítica teocrática, como um “representante da democracia”, pretendendo fazer crer que a “democracia há sido sempre o seu ideal”. No entanto o que acontecia no Tibete antes de 1959?
Até 1959 praticamente toda a terra arável, os bosques, as montanhas os recursos aquíferos, o gado e os habitantes do Tibete eram propriedade do governo, mosteiros e da nobreza local, as três categorias de proprietários do sistema feudal tibetano, que constituiam menos de 5% da população.
Os servos e os escravos, não dispunham de nenhum direito fundamental, nem tinham liberdade. Desde o nascimento, a sua existência, casamento e matrimónio dependiam da vontade do proprietário. Tratados como gado, os servos podiam ser vendidos, comprados, transferidos, propostos como dote, oferecidos a título de prenda a outros senhores, utilizados para pagar dividas, trocados por outros servos.
Os códigos existentes estipulavam claramente o preço da vida das diversas categorias sociais, que ia de pessoas que não valiam mais que um fardo de palha, a outros mais caros que o ouro. Frequentemente os servos e os escravos eram vítimas dos mais cruéis castigos, como arrancar-lhe olhos, cortar a língua ou as orelhas, as mãos ou os pés.
A integração da politica e da religião, constituía o fundamento do sistema feudal tibetano. Debaixo de um tal sistema, a religião não só era uma crença espiritual como entidade politica e económica. O despotismo cultural existente, não permitia que o povo pudesse escolher a sua própria crença religiosa e qualquer desvio resultava em brutais castigos ou mesmo na morte. Os servos não possuíam o mais elementar direito humano e viviam na indigência mais extrema.
Foi quando o governo popular da China acabou com este sistema em 1959, que o Dalai Lama e os seus seguidores se revoltaram, iniciando a sua luta pela “democracia”.
Com o objectivo de preservar a pureza da raça oprimida, o “governo” tibetano no exílio, condena os casamentos mistos entre os tibetanos e os demais.
sábado, 22 de março de 2008
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