Mais um bom exemplo das virtudes da iniciativa privada.
Quantos milhões saltam para os bolsos destes expertos, com a conivência de expertos da mesma laia?
Será que somando todas as roubalheiras que vão sendo anunciadas na imprensa, às que nos passam ao lado sem darmos por elas, e ainda às aplicações ruinosas de dinheiro público, sem ninguém ser responsabilizado, tudo isso, não daria para o nosso 1º ministro anunciar mais do que esmolas nos benefícios sociais?
E eu sou o Adam Smith
A CMVM investigou, o Expresso revelou a história, o DIAP arquivou e o 'Jornal de Negócios' recordou-a agora.
No dia 9 de Março de 2007, a corretora Lisbon Brokers emitiu um "research" sobre o sector bancário, que não estava agendado para essa semana e que não foi feita pelo analista que acompanhava o sector. Na sexta-feira, 10 de Março, quatro clientes da Lisbon Brokers compram acções do BPI: a Fundação Berardo (297.441), Patrick Monteiro de Barros (um milhão), o "hedge fund" Ruby Capital Partners (um milhão) e Leopoldo Gerardo Furtado Martins (141.500). Na segunda-feira, 13, a Fundação Berardo compra logo de manhã mais 956.027 acções e Leopoldo Martins mais 490 mil. Nesse mesmo dia, o presidente do BCP, Paulo Teixeira Pinto, anuncia às 15h36 o lançamento de uma OPA sobre o BPI. As acções do banco, suspensas desde as 15h18, voltam a ser transaccionadas a partir das 16h10. Os quatro clientes da Lisbon Brokers vendem tudo, obtendo as seguintes mais-valias: Fundação Berardo - 940.187,42 euros; Patrick - um milhão e 70 mil euros; Ruby Capital - 705.274 euros; Leopoldo Martins - 428.825,40 euros.
O DIAP arquivou o processo porque não foi possível comprovar que alguém tenha passado a informação sobre a OPA. Donde, foi tudo acaso, coincidência, estar no sítio certo à hora certa. Pois. E eu sou o Adam Smith e acredito na mãozinha invisível. Que funciona realmente, como se vê por este belo exemplo.
Artigo completo aqui: http://clix.expresso.pt/gen.pl?=stories&op=view&fokey=ex.stories/267965
sábado, 22 de março de 2008
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