sábado, 19 de julho de 2008

Apenas Silêncio.

De quantos silêncios se faz a cobardia!

Esse silêncio que grita na noite dos homens silenciados.
Que nos inquieta antes da emboscada e nos sufoca depois do massacre.
Estes silêncios que doem como feridas eternamente abertas.
Que destroem a alma dos que querem falar, que calam os sorrisos,
que tolhem os abraços, que petrificam a mão que se quer apertar.
Silêncios que estremecem os corpos inquietos, cansados de olhos cegos por não te ver aqui, a gritar.

Há silêncios que matam a esperança
de um dia melhor.

Já há tão poucas palavras que matem o silêncio.

Ás vezes, é preciso morrer p´ra gritar.
Quantas vezes mais?

Imelda

6 comentários:

João Ricardo Vasconcelos disse...

O silêncio sufocante. Excelente texto.

Anónimo disse...

Obrigada!
Que a escrita nunca seja a morada do silêncio.

Anónimo disse...

Lindo silêncio!
E por isso fico calado.

Olaio disse...

Aqui de Roma so me apetece dizer que esta na hora de acabar com os silencios, e com os andares distraidos.
Chega de fingir que tudo esta bem.

Olaio disse...

nao ha acentos porque nao percebo estes teclados.

Anónimo disse...

Hã,pois... acentos!

Teclados Romanos a darem luta a um Viriato?

Os Italianos também assinaram o acordo ortográfico, portanto esta "ótimo".