sábado, 12 de julho de 2008

Nuvens negras

Um dos maiores bancos especializados em hipotecas dos Estados Unidos, IndyMac, sofreu uma intervenção do governo, numa das maiores falências bancárias da história do país.

O órgão regulador de bancos, Agência de Supervisão de Instituições de Poupança (Office of Thrift Supervision, OTS), disse que os correctores retiraram mais de 1,3 biliões do IndyMac nos últimos 11 dias e as autoridades decidiram passá-lo para a administração da Sociedade Federal de Seguro de Depósito (FIDC, na sigla em inglês).
O banco, com sede no Estado da Califórnia, vai reabrir na segunda-feira sob controlo federal, com um custo às autoridades estimado em 4 a 8 biliões de dólares.
Este é o quinto banco a falir nos Estados Unidos neste ano, entrando para uma lista que inclui o Bear Stearns e a New Century Financial Corp.

A falência do banco IndyMac ocorreu num dia em que as acções das duas maiores empresas de hipotecas dos Estados Unidos, Freddie Mac e Fannie Mae, registraram a sua maior queda em 16 anos. As acções das duas instituições caíram quase 50% na abertura da bolsa de Nova York, sexta-feira.
George Bush, disse na sexta-feira que a crise que afectou Freddie Mac e Fannie Mae está fazendo com que autoridades do seu governo trabalhem ''muito duro''.

As medidas tomadas pelos governos neoliberais para solucionar a suposta “Crise Mundial”, longe de resolverem o problema ainda contribuem para o seu agravamento, pois o dinheiro que colocam nos bancos, retirando-o do erário público, vai direitinho para os bolsos dos especuladores.
A única forma de resolver, em Portugal e no resto do mundo, esta suposta crise, é aumentando os salários e pensões. Só desenvolvendo políticas que favoreçam o crescimento do dinheiro disponível nas mãos da grande maioria da população mundial, daqueles que trabalham e produzem a riqueza, para que possam adquirir e pagar os produtos que o sistema produz.

Porém, os neoliberais (Sócrates incluído), insistem em desenvolver politicas que só favorecem o crescimento da riqueza nas mãos de uma cada vez maior minoria, agravando os factores que estão a pôr em causa o próprio sistema capitalista.

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