"Nestes dias de regozijo pela libertação de Ingrid Betancourt, há uma outra mulher colombiana também com esse mesmo apelido - só que escrito Betancur (por ser hispânico e não afrancesado) - de seu primeiro nome Sónia que, desde 22 de Abril, vive horas, dias, semanas e meses de angustia e de dor com a sua pequena filha Chiara Rivera.É que, desde aquela data, não sabem do paradeiro, estado ou situação de Guillermo Rivera Fúquene, seu marido e pai, comunista e membro do Polo Democrático Alternativo que governa o munícipio de Bogotá, e ainda e sobretudo Presidente do Sindicato dos funcionários da autarquia da capital do país. Foi visto pela última vez no já referido dia 22 de Abril, às 6.30 da manhã, numa rua do distrito «El Tunal» onde tinha ido levar a filha à escola, em Bogotá, onde reside. Uma testemunha e câmaras de video instaladas no local atestam que foi abordado por um grupo de agentes policiais e a ser forçado a entrar num carro da Polícia Metropolitana.
Apesar de todas as iniciativas da família e dos seus companheiros e dos apelos de organizações sindicais internacionais (ver aqui comunicado e carta a Uribe da ITUC, International Trade Union Confederation), quatro meses depois do seu desaparecimento as autoridades dependentes do Presidente Álvaro Uribe não prestam nenhum esclarecimento cabal sobre este drama (que se deseja não se transforme em mais um crime.) "
Texto retirado do "tempo das cerejas"
2 comentários:
Este simples exemplo é suficiente para mostrar à saciedade, e à sociedade, a hipocrisia reinante na informação que nos é servida. É claro que este servilismo na informação não é inocente e serve interesses bem evidentes.
Mas alguém ouve os nossos meios de comunicação falar nas dezenas, centenas, milhares de sindicalistas, comunistas, jornalistas, membros de organizações humanitárias e de esquerda...que foram e são mortos, com a cumplicidade do governo dirigido pelo narcotraficante Uribe?
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