segunda-feira, 7 de abril de 2008

Dizer a verdade em público

Pedro Jorge, Electricista e dirigente sindical, interveio no Programa Prós e Contras de 28/1/2008, cujo tema era a situação económica, criticou o governo, os patrões, inclusive os seus.
Este facto, foi o motivo invocado esta semana pelo patrão para lhe mover um processo disciplinar para despedimento.
Para ver as declarações do Pedro Jorge no programa ir aqui.

2 comentários:

Anónimo disse...

É claro que vivemos em democracia e em liberdade, por isso não vejo razões para o patrão do electricista e dirigente sindical Pedro Jorge, não lhe poder levantar um processo disciplinar.
Até porque ele disse coisas graves e difíceis de acreditar, tais como: ganha à volta de 600€, não é aumentado desde 2003, e ainda insinuou que a mudança de nome dos empregados ou trabalhadores, agora apelidados de colaboradores, não passa de uma treta para dourar a mesma situação de sempre, isto é, trabalha o mais que puderes para eu arrecadar o máximo de lucros possível, que em troca eu pago-te o menos que puder.
Teve ainda a ousadia de afirmar que são sempre os mesmos a pagar os erros dos empresários e governantes deste país obrigando, desnecessariamente, o ex ministro das finanças Eduardo Catroga, a agitar-se na cadeira, ajeitar a gravata e abrir a boca numa simulação de tédio.
E mais, ainda afirmou que patrões e governantes aproveitam as épocas de crise para restringir os direitos dos colaboradores.
Por todas estas inverdades, e a bem da produtividade e da competitividade,não estava mesmo a pedir um processo?

anandre disse...

"Vão parar à PIDE, vão parar à PIDE, vão, vão vão vão..."
(para ser lido ao som do refrão das "Janeiras" de Zeca Afonso)

Pior, pior: a auto-censura automática, inconsciente, porque tida como "normal" nesta nossa "Républica Nova".

O lápis azul que se aceita cada vez que se subscreve um novo cartão de crédito.

O jugo do "encaixe social", da necessidade de não dar nas vistas - primeira regra de sobrevivência em Estados Totalitários.

Os sintomas estão todos à vista para fazer o diagnóstico. Mas o povo não vai ao médico, porque tem de trabalhar para aumentar a produtividade, a "Bem da República".