sábado, 19 de abril de 2008

Pacheco Pereira e os professores

O inteligentíssimo inteligente Pacheco Pereira, escreve no seu Blog Abrupto um texto sobre: “A LÓGICA DOS SINDICATOS E A LÓGICA DOS PROFESSORES”, que remata da seguinte forma:

«O PCP e os seus Sindicatos sabem, melhor do que ninguém, que precisavam como pão para a boca de um acordo e sabiam que o Ministério também precisava do mesmo. Um precisava de parecer que ganhava e o outro de parecer que cedia.
Foi por isso que, de repente, se chegou a um acordo que, pelos vistos, os “professores”, citados pelos jornais, entendem como uma derrota e não como a “grande vitória”. Percebe-se porquê: os professores que se manifestavam não queriam, na sua esmagadora maioria, nenhuma avaliação de desempenho, e vai continuar a haver avaliação. Eles sabem disso, os sindicatos sabem disso, a Ministra sabe disso, o resto é coreografia.»

Primeiro há que referir que propositadamente, este comentador transforma um entendimento com vista a não prejudicar os alunos neste 3º periodo num acordo, como se o caso estivesse já solucionado, o que não é de todo em todo verdade.

Depois Pacheco considera que os sindicatos dos professores estão ao serviço do PCP, mesmo que as maiores estruturas sindicais que fazem parte da FENPROF, tenham à frente direcções oriundas de listas que não foram apoiadas pelo PC, como é o caso do SPGL, já para não falar dos outros sindicatos que não fazendo parte da FENPROF também participaram nesta luta e que estão ligados à UGT.

Pacheco Pereira, nada inocente, transforma os sindicatos em meros objectos da vontade de partidos políticos, ele lá sabe das práticas do partido onde milita. A ideia é denegrir o papel dos sindicatos na defesa dos interesses dos trabalhadores.

Por fim PP conclui que na verdade o que os professores querem é não ser avaliados, tudo o resto são flores, e eu acrescentaria que como funcionários públicos e grandes malandros que são, o que eles querem é não fazer nada!

E claro que o facto de nove em cada dez escolas terem aprovado o entendimento entre os sindicatos e o governo, tambem não significa nada para PP.

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